Confronto na capital do RS tem bombas e vandalismo; veja o vídeo

Capital gaúcha foi palco de novo protesto na noite de segunda-feira

25 jun 2013 - 15h08
(atualizado às 15h09)
Manifestantes e polícia entram em confronto no centro de Porto Alegre
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As ruas de Porto Alegre novamente se tornaram palco de guerra entre manifestantes e Brigada Militar (a polícia gaúcha). Na noite de segunda-feira, o protesto, que começou pacífico, terminou em confronto no centro da capital gaúcha.

Depois de se concentrarem em frente à prefeitura, os manifestantes seguiram em passeata. A intenção era chegar ao Palácio Piratini, sede do governo do Estado, também localizado no centro histórico de Porto Alegre. No entanto, a paz durou pouco tempo. 

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Ao passarem pela rua Riachuelo, houve um princípio de tumulto, quando um grupo passou a provocar a polícia que fazia uma barreira para impedir a chegada ao Piratini. Diferentes grupos tentavam impedir a provocação enquanto outros seguiam com gritos e fogos de artifício contra os policiais, que não reagiram.

Mais adiante, no local conhecido como Esquina Democrática, um grupo de manifestantes saqueou uma loja de sapatos, o que deu origem a uma briga generalizada entre manifestantes e saqueadores. A polícia precisou agir com mais firmeza, dispersando os manifestantes com bombas de efeito moral, balas de borracha e gás lacrimogêneo. A correria e a tensão tomaram conta da área e foram registradas pelas câmeras da reportagem do Terra

O confronto fez com que os manifestantes recuassem pela Borges de Medeiros, apesar de alguns se ajoelharem em frente a tropa de choque, que via o ato. Após alguns instantes, a polícia reagiu com mais bombas para afastá-los.

As cenas de confronto se estenderam para o bairro Cidade Baixa. Coletoras de lixo foram queimadas e usadas como barricadas no meio da rua José do Patrocínio. Estabelecimentos comerciais foram depredados. Uma agência do Itaú teve suas vidraças quebradas. Computadores e gavetas de funcionários foram revirados.

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Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

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Protestos criticam a Copa e pedem melhores condições de vida pelo País

Fonte: Terra
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