Congolês cobra dívida de trabalho e é espacando até a morte

Segundo parentes, até um taco de beisebol foi usado por cinco homens nas agressões contra Moise Kabamgabe

31 jan 2022 - 13h27
(atualizado em 1/2/2022 às 07h31)

A Polícia Civil do Rio investiga a morte por espancamento do congolês Moise Kabamgabe, de 24 anos. Ele morava no Brasil desde 2014, trabalhava em um quiosque na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Segundo parentes, o africano morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho, na última segunda-feira, 24. A família só ficou sabendo do caso na manhã de terça-feira, 25, mais de doze horas após a morte dele.

Segundo parentes, Moise Kabagambe morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho em quiosque da Barra da Tijuca. 
Segundo parentes, Moise Kabagambe morreu depois de ser agredido por cinco homens após cobrar uma dívida de trabalho em quiosque da Barra da Tijuca.
Foto: Facebook/Reprodução / Estadão

Kabamgabe chegou ao Brasil em 2014, com a família, fugindo da guerra no Congo. Familiares relataram que trabalhava como garçom, sem contrato, ganhando diárias em um quiosque da orla da Barra da Tijuca. Na segunda-feira foi ao local para cobrar duas diárias ainda não pagas. Então, foi amarrado e espancado, inclusive com um taco de beisebol, segundo familiares. Parentes disseram ainda que os órgãos de Kabamgabe teriam sido retirados do seu cadáver.

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Parentes e amigos do congolês fizeram um protesto no sábado, 29, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Denunciaram o caso e exigiram que os culpados pelo assassinato sejam punidos.

Polícia diz que investiga o caso

A Polícia Civil informou em nota que "as investigações estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC)", que foi realizada perícia no local e imagens de câmeras de segurança já foram analisadas. "Diligências estão em curso para identificar os autores", afirma a nota.

Segundo a polícia, a informação de que os órgãos foram retirados do corpo da vítima não procede. "O laudo mostra que o corpo chegou ao IML sem nenhuma lesão no tórax além daquelas que causaram a morte. As imagens do exame de necropsia mostram o tórax aberto com os órgãos dentro", afirma a nota.

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