CPTM eleva oferta, mas funcionários não descartam greve

Empresa ofereceu reposição da inflação de 7,7%, mais 1% de aumento real; trabalhadores pedem 8,24% e 10%, respectivamente

26 mai 2015 - 18h31

Os funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) fazem assembleias nas quatro bases sindicais, nesta terça-feira (26) à tarde, para avaliar a nova proposta da empresa de um reajuste salarial de 7,72% mais 1% de aumento real.

Justiça trabalhista propôs aumento de 8,25%
Justiça trabalhista propôs aumento de 8,25%
Foto: Edson Lopes jr. / A2 Fotografia

Eles também vão apreciar a proposta o desembargador Wilson Fernandes, vice-presidente judicial do Tribunal, de uma desistência da greve marcada para amanhã (27), em movimento paralelo aos metroviários, e que a categoria aguarde a nova audiência, no próximo dia 2, às 11h30.

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O reajuste foi proposto na manhã de hoje (26) na segunda audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2). Embora a empresa tenha elevado a oferta anterior, a correção está abaixo do pleiteado pelos trabalhadores. Os ferroviários querem a reposição inflacionária com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 8,24%, mais 10% de aumento real entre outras melhorias.

A CPTM oferecia aumento de 7,21% a título de reposição das perdas com base na inflação medida pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), incluindo 1,5% de produtividade. A própria justiça trabalhista havia proposto, na primeira audiência ocorrida ontem (25), índice acima disso, de 8,25%.

O líder sindical, Rogério Pinto dos Santos, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocaba, uma das quatro entidades dos ferroviários, avalia que, da forma como foi apresentada”, a proposta da CPTM não passa ”na apreciação dos empregados". Ele considera que poderia chegar a ponto de equilíbrio, caso a empresa melhorasse os benefícios, equiparando-os aos concedidos aos trabalhadores do Metrô.

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Segundo ele, a principal queixa da categoria é quanto às diferenças de tratamento para a mesmas funções entre o Metrô e a CPTM. Como exemplo, citou que enquanto alguns funcionários recebem o valor do tíquete alimentação de R$ 240, o mesmo tipo de funcionário do Metrô recebe o dobro desse valor.

Entre as reivindicações estão as dos engenheiros que querem isonomia com os que exercem as mesmas funções no Metrô com a definição de um piso salarial. Na audiência de conciliação, o desembargador Wilson Fernandes ponderou que a CPTM tem de dar uma resposta neste sentido.

A Justiça determinou que em caso de paralisação, não poderá ocorrer a liberação de catracas e ainda terá de ser cumprida a medida de manter, nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) , 90% do efetivo de maquinistas e de 70% nas demais atividades que envolve os serviços de operação e manutenção de trens, pessoal das estações, segurança, manutenção e operação. Fora do horário considerado de maior movimento, foi estabelecido que 60% dos trabalhadores continuem nas atividades..

Até o fechamento da edição, a CPTM ainda não tinha se posicionado a respeito.

Agência Brasil
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