Carros que passavam pelo bairro do Morumbi, na zona sul de São Paulo, na manhã do último sábado, 18, foram alvos de um arrastão. Na ação, os bandidos paravam os veículos e levavam os pertences das vítimas. A Polícia Civil investiga o crime.
Pelas imagens das câmeras de segurança, reveladas pelo portal R7, é possível ver quatro suspeitos: dois pilotando motos e dois caminhando com armas na mão. Eles param os veículos em uma rua do bairro e cometem os roubos contra os ocupantes dos carros. Um veículo volta para trás tentando fugir da ação dos criminosos, enquanto outros passam em alta velocidade.
"As imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas, e as equipes trabalham para identificar e prender os autores", diz a Polícia Civil, por meio de nota. Ainda de acordo com a corporação, as polícias intensificaram as ações ostensivas e preventivas em todas as regiões da capital. "Desde o início deste ano, as polícias prenderam e apreenderam 936 criminosos, 13,38% a mais do que no ano passado; recuperaram 176 veículos roubados ou furtados e retiraram 33 armas ilegais das ruas, na região citada do 89º DP (Portal do Morumbi) e 34º DP (Vila Sônia)", informa.
Para Júlia Rezende, presidente do Conseg Morumbi, a violência na região tem sido constante. "O bairro é tão perigoso quanto qualquer outro em São Paulo. A gente vive essa insegurança porque há uma sensação de impunidade", destaca a moradora.
Ela diz que as ocorrências são passadas à polícia. "Nós estamos sempre em contato com a polícia, que também está sempre atenta", diz. "Se há alguma situação fora do normal, é feito um trabalho especial para solucionar."
Moradores
Por outro lado, a presidente do Conseg destaca a importância dos moradores para a segurança do bairro. "A polícia vai de acordo com a situação. Por isso, é importante que o morador avise se houver qualquer movimentação ou fato estranho", afirma.
Em outubro deste ano, os números do Estado mostram que houve 168 roubos na região do 89º DP, ante 87 no mesmo período do ano passado. Um aumento de 90,9%. A quantidade de crimes patrimoniais, porém, foi fortemente afetada pelo isolamento social, imposto para conter a transmissão do coronavírus no Brasil.