O nível do Sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo, voltou a subir e atingiu 10,8% de sua capacidade. As represas do reservatório, que abastece cerca de 6,2 milhões de pessoas, subiram pelo 22º dia no mês. Fevereiro teve chuvas acima da média histórica, o que fez o Cantareira sair da segunda cota do volume morto.
De acordo com informações divulgadas pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), foram registrados 11 milímetros de chuva na terça-feira. Ao todo, o mês de fevereiro tem até agora 277,8 milímetros, superando a média histórica, que é de 199,1 milímetros.
Apesar das chuvas e as consecutivas altas no sistema Cantareira, isso não indica nem de longe o fim da crise hídrica enfrentada por São Paulo. Operando na primeira cota do volume morto, os reservatórios ainda estão abaixo de sua capacidade mínima e os próximos meses devem ser de estiagem, como a maioria dos invernos.
Ao todo, foram “emprestadas” duas cotas de água do volume morto num total de 29,2%. A primeira, de 18,5% foi disponibilizada em meados de maio de 2014, mas efetivamente só começou a ser usada a partir de 12 de junho de 2014 quando acabou o volume útil do Cantareira.
Em 24 de outubro de 2014 foi anunciado um novo “empréstimo” de água do “volume morto”, uma segunda cota de 10,7% da capacidade total. Em 23 de outubro de 2014, o nível do Cantareira era de apenas 3% de água do “volume morto”. Dos 18,5% que estavam sendo usados desde 12 de julho de 2014 só restavam 3%. Até 23 de fevereiro de 2015 foram devolvidos 10,6% desta água, que era o nível do Cantareira neste dia.
Outros sistemas
O nível de outros sistemas caíram na terça-feira. O Guarapiranga passou de 58,7% para 57,4%, enquanto o Rio Grande caiu de 83,4% para 83,1%, e o Rio Claro voltou de 35,5% para 35,4%. O Alto Tietê manteve-se estável em 18,3%, enquanto o Alto Cotia subiu de 36,4% para 36,7%.
Veja ao vivo a situação do Sistema Guarapiranga