O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi adiado para a próxima terça-feira (11). Cid iria depor na CPMI dos atos de 8 de janeiro hoje (03). Ele é acusado de fraudar cartões de vacinação e está preso dese o dia 3 de maio.
No celular do ex-ajudante de ordens, foram encontradas mensagens que falavam sobre um possível golpe de estado. As conversas eram com o coronel Jean Lawand Junior. No mês passado, Lawand depôs e teve sua versão desacreditada por parlamentares da base do governo e da oposição.
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que Mauro Cid é obrigado a prestar depoimento à comissão parlamentar mista de inquérito. Ele pode ser acompanhado por advogados e tem o direito de ficar em silêncio para não responder perguntas que o incriminem, segundo a Agência Senado.
O autor de um dos requerimentos de convocação de Mauro Cid é o senador Rogério Carvalho (PT-SE), "Mauro Cid teve conversas com outro auxiliar do ex-presidente, Ailton Barros, nas quais houve trama para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil. Na conversa, Ailton afirma que o golpe precisaria da participação do comandante do Exército ou de Jair Bolsonaro, e que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deveria ser preso".