Quatro depósitos de bebidas localizados na capital do Rio de Janeiro foram multados pela Vigilância Sanitária em R$ 28,6 mil por falta de higiene, armazenamento impróprio de produtos e venda de canudos plásticos descartáveis. A blitz aconteceu após uma denúncia, que analisou a água mineral comercializada, e encontrou até mesmo coliformes fecais na bebida.
As informações foram publicadas originalmente pelo jornal O Globo, que comprou as garrafas d'água de ambulantes pelo Rio de Janeiro e as enviou ao laboratório particular Tecma para análise. Segundo resultado dos exames, das 30 amostras testadas, 28 estavam adulteradas — a metade dessas estava contaminada, sendo que em duas garrafas foram encontrados coliformes fecais.
O resultado mostrou que as garrafas foram manipuladas sem higiene. Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria das Águas Minerais (Abinam), Carlos Alberto Lancia, a água analisada provavelmente não era água mineral.
"Houve adulteração. A legislação não tolera qualquer nível de coliformes. E as garrafas são fabricadas na hora, no momento do engarrafamento. São esterilizadas", explicou.
Blitz da Vigilância Sanitária
Após a denúncia feita pelo jornal, os agentes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio) estiveram em quatro depósitos de bebidas localizados na Rua Senador Pompeu, no centro da cidade. Dos quatro vistoriados, todos foram multados.
As multas foram por infrações que somaram R$ 28,6 mil. Entre elas, estão falta de asseio e higiene, armazenamento impróprio de produtos (não necessariamente a água) e venda de canudos de plástico descartáveis.
Além disso, dois dos estabelecimentos foram interditados por falta de alvará de funcionamento. Em um deles, foram encontrados ratos em meio à mercadoria.