Com benefícios como abono de férias e décimo-terceiro salário atrasados, os professores da rede pública do Distrito Federal farão uma paralisação na próxima segunda-feira, data marcada para o início do ano letivo. Neste dia a categoria vai decidir, em assembleia, se entra em greve ou retorna às salas de aula. Os professores não concordam com o parcelamento dos atrasados a serem pagos até junho.
A falta de recursos do governo do Distrito Federal provocou os atrasos e a equipe do governador Rodrigo Rollemberg, que assumiu o cargo no dia 1° de janeiro, propôs o parcelamento dos pagamentos.
Os professores, no entanto, não querem esperar tanto para receber os valores. “Estamos insistindo que o governo apresente uma alternativa. Ninguém defende greve. Não e a melhor saída, mas as vezes é a única que nos resta. Desde dezembro estamos insistindo para que se tenha outra solução que não puna os trabalhadores”, disse a diretora do Sindicado dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa.
Rosilene diz que a categoria está disposta a negociar e solicitou uma reunião com o governo. “Entendemos que é possível ter solução para evitar radicalização. Se governo não demonstrar interesse, definiremos na assembleia se temos aulas pelos próximos dias ou não”, disse ela.
O governador Rodrigo Rollemberg comentou o assunto nesta quinta-feira após participar de evento no Palácio do Buriti e disse que, se for possível, fará o pagamento de forma mais rápida. “Estamos fazendo o esforço necessário para pagar os atrasados deixados pelo governo passado no menor prazo possível. Reconhecemos a dívida, definimos o parcelamento e, se tivermos condições de pagar os atrasados de forma mais rápida, assim o faremos. Contamos com os professores para a retomada das aulas”, disse.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que o titular da pasta, Júlio Gregório, dará uma entrevista coletiva amanhã (20), às 10h, para tratar do retorno às aulas no Distrito Federal e evitou antecipar se será anunciada alguma medida relativa ao salário dos professores.