Dilma se reúne com MPL e ministros no Palácio do Planalto

24 jun 2013 - 15h21
(atualizado às 15h36)
<p>Dilma se reúne com representantes do Movimento Passe Livre (MPL) para debater a pauta dos protestos</p>
Dilma se reúne com representantes do Movimento Passe Livre (MPL) para debater a pauta dos protestos
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil

Começou com meia hora de atraso a reunião da presidente Dilma Rousseff com ministros e representantes do Movimento Passe Livre, no Palácio do Planalto, em Brasília. Marcada para as 13h30, o encontro só começou às 14h, e não há hora prevista para acabar.

Protestos por mudanças sociais levam milhares às ruas

Publicidade

Manifestações tomam as ruas do País; veja fotos

Estão presentes, além da presidente, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e os representantes do MPL Matheus Nordon, Mayara Longo e Rafael Bueno.

Ainda hoje, Dilma se reunirá com prefeitos das capitais brasileiras e governadores. Esta é a primeira vez que a presidente recebe manifestantes após duas semanas do início da onda de protestos que acontecem em todo o País.

O movimento pede o fim da corrupção, questiona o uso de dinheiro público na construção de estádios para a Copa das Confederações e do Mundo, protesta contra a PEC 37 (Proposta de Emenda à Constituição que limita os poderes de investigação do Ministério Público), entre outras pautas.

Publicidade

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Publicidade

Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se