Dom Odilo Scherer, arcebispo de SP, apresenta renúncia, mas papa faz pedido; entenda

Regra canônica prevê que arcebispo ofereça saída do cargo ao completar 75 anos; Francisco orientou que brasileiro fique mais dois anos no comando do arcebispado da capital paulista

8 out 2024 - 12h12
(atualizado às 12h32)

A pedido do papa Francisco, o arcebispo dom Odilo Scherer ficará mais dois anos à frente da Arquidiocese de São Paulo, a maior do País, mesmo já tendo completado 75 anos. Dom Odilo chegou a essa idade no último dia 21 e, conforme norma da Igreja Católica, encaminhou ao pontífice pedido de renúncia.

A renúncia equivale à aposentadoria no mundo leigo. A Igreja Católica considera essa idade como limite para que um bispo possa ser dispensado de suas funções episcopais. Após ser aceito o pedido de renúncia, o religioso se torna bispo emérito, o que deve acontecer com dom Odilo apenas em 2026.

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O gaúcho dom Odilo Scherer foi nomeado para o comando da arquidiocese de São Paulo pelo então papa Bento XVI em março de 2007, quando ocupava o cargo de secretário-geral da Conferência Nacinoal dos Bispos do Brasil (CNBB). Dom Odilo sucedeu dom Cláudio Hummes, de quem já era bispo-auxiliar na arquidiocese.

Quando o argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido papa, em 2013, Odilo chegou a aparecer entre os cotados a ocupar o cargo de líder máximo da Igreja Católica.

O arcebispo continuará como pastor de cerca de 7 milhões de católicos, enquanto espera a escolha do seu sucessor. "Sigamos em frente, preparando-nos mediante a oração para viver intensamente o Ano Jubilar de 2025, como 'peregrinos de esperança'. Procuremos caminhar juntos na realização do 'Projeto Emergencial de Pastoral 2024-2026', vivendo a comunhão, a conversão e a renovação missionária de nossa Arquidiocese", disse.

O Projeto Emergencial é um documento com propostas de reorganização administrativa e pastoral da Igreja em São Paulo a ser implementado nos próximos dois anos. Durante a celebração da missa pelos seus 75 anos, dom Odilo recordou sua trajetória a serviço da igreja, desde sua ordenação como padre, em Toledo (PR), em 1976. "É sempre muito bom podermos dar graças a Deus pela vida. Que belo dom é esse da vida que podemos usufruir", comentou.

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