Doria critica aglomeração em praias de SP e cobra prefeitos

Governador cobrou que prefeitos reforcem medidas restritivas contra aglomerações no litoral paulista

31 ago 2020 - 14h35
(atualizado às 14h47)

O governador João Doria (PSDB) demonstrou preocupação em relação ao movimento nas praias e aglomerações nas faixas de areia no litoral do Estado. Em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira, 31, Doria criticou o clima de "celebração" nas praias e cobrou que prefeitos e prefeitas imponham medidas mais restritivas.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
João Doria (PSDB), governador de São Paulo, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes
Foto: Divulgação / Governo do Estado de SP / Estadão Conteúdo

"É como se nada estivesse acontecendo, como se estivéssemos em período de alta temporada e com razões para celebrar. Não temos razões para celebrar, mas para nos preocupar", alertou. Ele afirmou ainda que os resultados positivos de enfrentamento à pandemia da covid-19 no Estado "não justificam relaxamento nem aglomeração, em praias, parques, bares, restaurantes ou festas em residências particulares".

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A prerrogativa de liberar o acesso às praias é dos municípios litorâneos, mas o Plano São Paulo proíbe que haja aglomerações públicas. Logo, cabe a cada administração garantir que as faixas de areia sejam abertas atendendo os critérios estabelecidos pelo Estado.

Questionado sobre se o governo do Estado tomaria alguma medida mais restritiva em relação às praias, até diante da aproximação do feriado de 7 de setembro, Doria disse que a fiscalização cabe às prefeituras, mas que a Polícia Militar pode dar apoio. "Desde que haja solicitação ao governo do Estado, nós ofereceremos apoio. Tenho a convicção de que prefeitos e prefeitas saberão agir com responsabilidade pela vida e pela saúde para impedir que isso aconteça no próximo fim de semana, quando teremos o feriado do 7 de setembro."

Nesta tarde, Doria anunciou que, pela terceira semana consecutiva, houve queda no número de internações, infecções e óbitos pelo coronavírus em São Paulo. Ainda assim, reforçou, o Estado segue em quarentena, enquanto não houver uma vacina aprovada e distribuída para a população.

"Entendo que após seis meses de restrições, sobretudo os jovens se sintam compelidos a se aglomerarem e não usarem máscaras. Mas não podem e não devem fazer isso", afirmou, cobrando um posicionamento mais efetivo dos gestores municipais.

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No domingo, 30, as praias do Rio de Janeiro também tiveram aglomerações de banhistas. Ao longo da última semana, a média móvel de infectados pela covid-19 no Estado voltou a subir. Apenas na capital fluminense, a média de casos saltou de 374 para 808, entre 9 e 23 de agosto, um aumento de 116%.

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