Em entrevista coletiva em Nova York, o governador João Doria afirmou neste sábado (4) que São Paulo vai manter a redução no intervalo do prazo de aplicação da terceira dose da vacina contra a covid.
Na quinta feira, o tucano anunciou a redução no prazo de cinco para quatro meses, mas um dia depois a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu a reavaliação da decisão.
"São Paulo vai seguir orientação do Comitê Científico, que define as medidas de combate à pandemia desde o primeiro caso de Covid no estado. A Anvisa não tem poder de determinar e proibir decisões estaduais", disse o governador. "O Supremo Tribunal Federal ratificou recentemente que cabem aos estados definir as políticas de vacinação e de saúde."
Em nota enviada à Prefeitura de São Paulo nesta semana, a Anvisa afirmou que não tem como garantir que os "benefícios superam os riscos" se a dose de reforço for aplicada em quatro meses, independente da vacina ofertada. A Agência também afirmou que os dados disponíveis ainda não são suficientes para adoção e reprodução da Anvisa. Com a disseminação da variante Ômicron, a capital também decidiu alterar o cronograma entre as doses.
A Anvisa alertou, ainda, que a redução generalizada do intervalo para a aplicação da dose de reforço "pode favorecer o aumento e o aparecimento de reações adversas desconhecidas".
A medida é válida para quem tomou duas doses dos imunizantes da CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer. No caso do imunizante de dose única da Janssen, o reforço poderá ser recebido a partir de 2 meses.
O governo de São Paulo também decidiu manter obrigatoriedade do uso de máscaras diante da nova variante Ômicron.
*O repórter viajou a convite da InvestSP