A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte do influenciador Carlos Henrique Pires Medeiros, de 26 anos, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O rapaz estava desaparecido desde a noite de Natal e foi encontrado no sábado, 30, enterrado no quintal de um casal de vizinhos. Ao Metrópoles, o Delegado Luís Hellmeister, titular do 1ºDP do município e responsável do caso, esclareceu detalhes da investigação.
Segundo amigos, o influenciador foi visto pela última vez em uma praça da cidade, acompanhado de amigos e familiares para assistir a uma queima de fogos natalina. Após o show pirotécnico, Carlos Henrique teria dito a uma irmã que passaria a noite na casa dos suspeitos, Renan José, de 28 anos, e sua esposa grávida, Caroline Mello, de 24 anos. Os dois foram presos por suspeita de envolvimento na morte.
Renan era vizinho e amigo de infância do influenciador. Em depoimento, após se entregarem na delegacia de Itapecerica, o casal contou como foi o decorrer dos acontecimentos da noite da morte de Carlos Henrique. Segundo o delegado, a investigação deve incluir uma terceira pessoa: a irmã de Caroline.
Pegação, drogas e incêndio
De acordo com o relato do casal, eles estavam em casa, comemorando o Natal. Renan e Henrique estavam fazendo uso de drogas, de cocaína. A vítima, por sua vez, teria ido ao banheiro para ter uma relação com a irmã da Caroline. Ao término da relação, Henrique teria tido um mal súbito. A jovem de 17 anos, apesar de ser menor de idade, deve ser interrogada.
"Eles tentaram reviver o jovem. Em uma reunião, resolveram abrir uma cova rasa pra colocar o cadáver. Vizinhos começaram a notar um cheiro diferente, até que um amigo em comum saltou o muro e viu uma terra remexida. Quando encontrou o corpo, ele acionou a polícia", declarou Luís Hellmeister.
Após o corpo ser encontrado no quintal do casal, moradores da região e fãs de Carlos Henrique, que acumulava quase dois milhões de seguidores, foram atrás dos suspeitos. A população invadiu a casa dos suspeitos, destruíram o que encontraram pela frente e terminaram o ato de revolta ateando fogo ao imóvel.
"Temendo pela propria vida, o casal se entregou à polícia", comeplementou o delegado.
O casal segue é investigado. Se ambos não forem condenados por homícidio, caso a morte tenha sido um mal súbito, como consta nas declarações dos suspeitos, os dois responderão por ocultação de cadáver. O laudo toxicológico será adiantado pelo Instituto Médico Legal, com previsão de divulgação para uma semana. O laudo necroscópico será revelado nos próximos dias, com intenção de saber se a vítima sofreu alguma agressão.