CAMPO GRANDE - Duas crianças brasileiras de 6 e 9 anos de idade foram vítimas da guerra pelo controle do tráfico de drogas na fronteira com o Paraguai nos dias 20 de novembro e 5 de dezembro, respectivamente. A mais velha morreu quando o carro em que estava com o pai e a mãe foi alvejado por tiros. Já a mais nova sobreviveu, mas passou por cirurgia.
O primeiro caso ocorreu em 20 de novembro, quando Brenda Micaela Arguello González, de 6 anos, brincava em frente de casa, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada de Ponta Porã, no Brasil, por uma avenida. Ela levou três tiros durante atentado contra um homem.
O homem alvo dos tiros, Fredy Enchagüe Bordon, é paraguaio e seria foragido da Justiça, envolvido com o tráfico de drogas segundo as autoridades paraguaias. Ele morreu no local. Além de Brenda, uma mulher de 36 anos também ficou ferida por acidente durante os disparos.
Encaminhada ao Hospital Universitário de Dourados, a menina recebeu alta na semana passada e passou por cirurgia plástica para ter o nariz reconstruído. Ela foi atingida na mão, nas costas e no rosto. Um dos projéteis que a atingiu ficou alojado em seu corpo e não foi retirado.
Além de Brenda, um homem de 36 anos também ficou ferido por acidente durante os disparos. Fredy Enchagüe Bordon é paraguaio e seria foragido da Justiça e estaria envolvido com o tráfico de drogas segundo autoridades do país vizinho.
A menina de 9 anos que morreu era filha de Michel Antunes Pinto, de 35 anos. O crime ocorreu em 5 de dezembro na cidade paraguaia de Zangá Pitã, ao lado de Pedro Juan. O carro em que estava com o pai e mãe foi alvejado por atiradores. Ele teria ligação com o PCC, segundo a polícia.
A família chegava em casa, no Paraguai, quando foram abordados por homens armados. Michel tentou fugir, mas ao ser atingido, perdeu o controle do carro. Ele e a esposa foram socorridos, mas ele morreu em direção ao hospital e a criança, no local dos tiros. A mulher sobreviveu.