Para 66% dos paulistanos, as manifestações nas ruas da cidade devem continuar, mesmo depois da redução das tarifas de transporte em São Paulo. Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada neste domingo pela Folha de S.Paulo, o apoio maior aos protestos está entre os mais escolarizados, aqueles com renda mensal de cinco a 10 salários mínimos e entre os mais ricos. Contra estão principalmente os mais velhos e os que têm renda até dois salários mínimos.
Para 40% dos entrevistados, a saúde deve ser a próxima reivindicação, enquanto 20% dos paulistanos querem melhorias na educação. Para 65% dos entrevistados, os protestos trazem mais benefícios pessoais do que prejuízos. Na terça, antes de a tarifa ter sido reduzida, esse índice era de 51%. Além disso, 72% dos manifestantes acredita que a avenida Paulista deve continuar a ser o cenário dos protestos, e 88% dos entrevistados é contra a invasão de prédios públicos. A pesquisa, que entrevistou 606 pessoas em São Paulo na sexta-feira, tem margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.