Empresária teria mandado matar advogada por interesse no marido dela, conclui polícia

Maria Ediane da Mota Oliveira teria pago R$ 70 mil a grupo de extermínio; suspeita continua foragida

18 out 2023 - 11h55
(atualizado às 12h05)
Empresária é suspeita de pagar R$ 70 mil para matar advogada no Ceará
Empresária é suspeita de pagar R$ 70 mil para matar advogada no Ceará
Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

A empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, de 41 anos, teria mandado matar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria por interesse no marido dela, um tenente-coronel da Polícia Militar. A informação foi confirmada ao Terra pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD). Além da advogada, a mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, de 78 anos, também foi morta. 

O crime ocorreu em março deste ano, em Morrinhos, no Ceará. Maria Ediane teria um "amor platônico" pelo marido de Rafaela. De acordo com a investigação da Delegacias de Assuntos Internos (DAI), a suspeita contatou o sargento da PM Edilson Barbosa da Luz pedindo indicação de alguém para realizar os trâmites necessários para a execução. 

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Então, o agente indicou o policial militar Daniel Medeiros Siqueira, que, por sua vez, apontou para um terceiro homem, que acabou sendo morto antes do crime. Diante da situação, um amigo de Siqueira, que não é policial, identificado como Reginaldo Cavalcante dos Santos, apresentou José Elton Cavalcante Mano da Silva para matar a advogada. 

Siqueira ainda teria criado uma equipe composta por outro PM, identificado como Francisco Amaury da Silva Araújo, e por José Elton, que não é agente de segurança. Ele seria o responsável por matar Rafaela e a mãe. 

Além da advogada, os criminosos também assassinaram Maria Socorro de Vasconcelos, de 78 anos, mãe da vítima
Foto: Reprodução/TV Verdes Mares

Maria Ediane pagou uma quantia de R$ 70 mil para o grupo de extermínio, composto por três policiais. Reginaldo, além de indicar José, ficou responsável pelo recebimento do dinheiro e também pela logística de pagamento do grupo. Ele também acompanhava alguns detalhes dos levantamentos feitos pelo pelos PMs Siqueira e Amaury. 

Já o sargento Luz, além de ter indicado Siqueira para Ediane, monitorava os levantamentos feitos pelo grupo que ia a Morrinhos acompanhar o dia a dia da advogada. Até o momento, seis pessoas foram indiciadas pelo homicídio, são elas:

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• Maria Ediane da Mota Oliveira - mandante;

• Edilson Barbosa da Luz - Sargento da PM que indicou Siqueira;

• Daniel Medeiros de Siqueira - Policial Militar que indicou Reginaldo;

• Reginaldo Cavalcante dos Santos - Não é polícial e indicou José Elton;

• Francisco Amaury da Silva Araújo – Policial Militar indicado por Siqueira;

• José Elton Cavalcante Mano da Silva - Atirador, e amigo de Siqueira.

O inquérito policial foi encerrado nesta semana pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), por intermédio da Delegacias de Assuntos Internos (DAI), e encaminhado à Justiça.

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Entre os indiciados, somente Maria Ediane não foi presa, e entrou para a lista dos Mais Procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). A CGD apura os fatos na seara disciplinar. 

O Terra não localizou a defesa dos suspeitos. O espaço permanece aberto para manifestações. 

Fonte: Redação Terra
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