Engenheiro é achado morto durante férias no Brasil; foto pode ajudar a identificar suspeito

O engenheiro químico Paulo Roberto Carvalho Braga, de 34 anos, foi achado morto na noite do último sábado, 30, após ficar dois dias desaparecido em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O brasileiro morava nos Estados Unidos e estava no Brasil para passar o fim de ano com a família. Uma foto obtida obtida pela Polícia Civil pode ajudar a identificar o suspeito pelo crime. As informações são da TV Globo.

"Ele não queria me deixar sozinha. Ele mora na Califórnia e é o primeiro ano que a gente [mãe e pai] iria ficar sem os dois [Paulo e a irmã], porque ela também mora lá. Eu falei 'Filho, não vem, é perigoso, é muito longe'. Eu sei que ele gosta de sair à noite. Eu falei 'O Brasil não está dando'. Mas ele falou: 'Eu vou'", contou a mãe dele, Vera Lúcia Braga, em entrevista ao telejornal EPTV 2ª Edição.

Na quinta-feira, 28, segundo a família, Paulo saiu de casa para encontrar amigos, mas não retornou. A preocupação se tornou ainda maior quando sua irmã recebeu uma mensagem de um desconhecido informando que havia encontrado o celular dele.

Diante do desaparecimento, a mãe de Paulo procurou a Polícia Civil na sexta-feira, 29, e os investigadores iniciaram as diligências para encontrar o rapaz. A busca levou os policiais até um sobrado na Rua Eduardo Prado, na Vila Amélia, Zona Norte de Ribeirão Preto, na noite de sábado, 30.

Moradores de um dos apartamentos colaboraram com as autoridades ao mostrar um quadro de chaves próximo à escada. Ao adentrar um dos imóveis, a Polícia Civil encontrou Paulo sem vida. 

O corpo do engenheiro apresentava sinais de violência e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa da morte. Testemunhas relataram à polícia que parte dos apartamentos na região é alugada a garotos e garotas de programa, sendo que os proprietários residem no Rio de Janeiro (RJ) e o aluguel é negociado diretamente com eles, mediante pagamento antecipado.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou ao Terra que o caso é investigado pela DEIC/ DEINTER e detalhes serão preservados para garantir a autonomia ao trabalho policial. No entanto, a Polícia Civil informou à TV Globo que suspeita que Paulo tenha sido atraído para uma emboscada, possivelmente orquestrada através de um aplicativo de encontros.

O delegado Targino Osório, que está à frente das investigações, afirmou que a vítima tirou uma foto com outra pessoa e enviou para um amigo na madrugada de sexta. Até o momento, o principal suspeito pela morte é essa pessoa com quem Paulo saiu na noite do desaparecimento.

"Temos foto, estamos tentando identificar", disse a autoridade policial.