Estação registra mais de 300 meteoros no céu de Santa Catarina; veja

Em momento de pico, cerca de 40 meteoros foram registrados por hora

6 mai 2022 - 16h24
(atualizado às 16h27)
Estação flagra mais de 300 meteoros no céu de Santa Catarina
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A estação de monitoramento de Monte Castelo, em Santa Catarina, registrou mais de 300 meteoros no céu do Estado na madrugada desta quinta-feira, 5. O fenômeno ocorreu pela chuva de meteoros denominada Eta Aquáridas, momento que o planeta Terra atravessa a parte mais densa da trilha de detritos deixada pelo Cometa Halley, como explica a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Observatório em Santa Catarina registra 300 meteoros
Observatório em Santa Catarina registra 300 meteoros
Foto: Jocimar Justino / Arquivo pessoal

Autor das imagens, o astrônomo Jocimar Justino Souza, proprietário da estação de monitoramento e membro da Bramon, afirmou ao Terra que o evento é bastante comum e que o grande número de meteoros visualizados também se deu pelo bom tempo que ajudou na captação. 

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''O que ocorre é que uma série de fatores contribuiu para esse número de registros. Foi uma noite bastante limpa, sem nuvens no céu, sem neblina. E também não tinha presença da luminosidade da Lua, o que permitiu a visualização dos meteoros mais tênues. Com isso, a minha estação de monitoramento também registrou os meteoros mais fracos também, o que contribuiu para esse grande número de registros'', explicou.

Os meteoros são ser causados principalmente por cometas, como o mais famoso deles, o Halley, e também por asteroides, que é menos comum.

''Quando esses objetos passam próximo da Terra, eles deixam pequenos detritos, poeiras estelares, que acabam entrando em alta velocidade na atmosfera terrestre e causam esse fenômeno luminoso que é conhecido por meteoro ou estrela cadente'', disse Souza.

O astrônomo também ressaltou a importância do estudo, do monitoramento e determinar de que objeto maior - também conhecido como corpos parentais - os detritos são oriiginados. ''Existem mais de 800 chuvas de meteoros, inúmeras chuvas que ainda não se sabe a origem desses pequenos fragmentos que estão entrando na atmosfera terrestre'', salientou.

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''A importância disso é que você conhecendo a órbita que esses objetos traçam no sistema solar você pode prever que em determinado momento pode acontecer de uma rocha maior cruzar aquele caminho no céu. O Cometa Halley sabemos que não existe chance de ele colidir contra a Terra, mas um outro objeto ainda desconhecido não se sabe.''

Na estação de monitoramento de Monte Castelo, dos 300 meteoros capturados na noite anterior, 120 foram de detritos do Cometa Halley, a partir de informações de um software que analisa a trajetória deles, seus parâmetros, e aponta de qual chuva eles pertencem. 

A recomendação, para quem quiser acompanhar uma chuva de meteoros, é a de visualizar a olho nu, pois com equipamentos que restrinjam o campo de visão, como um binóculos, pode fazer com que a pessoa perca a passagem, pela velocidade do fenômeno.

Segundo a Bramon, a Eta Aquáridas não é a única das duas chuvas anuais de meteoros associadas ao Cometa Halley. Além dela, existe a Oriónidas, que acontece no mês de outubro, e que também é gerada pelos detritos do mesmo cometa, mas que não é tão intensa.

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Fonte: Redação Terra
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