Por todo o País, pais e mães de alunos foram impactados pelas notícias que chegavam de Blumenau, em Santa Catarina, cidade onde um atentado a uma creche deixou quatro crianças mortas, na manhã de quarta-feira, 5. Depois do episódio, diversas escolas voltadas para educação infantil anunciaram novas medidas de segurança, além das próprias prefeituras.
Em Blumenau, a prefeitura anunciou, na tarde desta quinta-feira, 6, que "busca junto ao governo de Santa Catarina a contratação de policiais militares aposentados da reserva para segurança armada nas unidades". O município também analisa contratar vigilância particular armada.
O prefeito Mario Hildebrandt divulgou as medidas após reuniões com as polícias civil e militar, o Ministério Público e o Corpo de Bombeiros do Estado. A prefeitura afirma que ainda vai revisar os muros e o cercamento das unidades; melhorar o controle e acesso de pessoas nas escolas e centros educacionais da rede municipal; instalar câmeras em todas as unidades; elaborar um plano de contingência pela Secretaria de Defesa Civil e Secretária de Educação; e ampliar as equipes multidisciplinares, com psicólogos e assistentes sociais.
Ação das escolas
A diretora de uma unidade escolar, em São Paulo, que preferiu não se identificar para não expor a escola, disse que tomou medidas assim que ouviu a notícia sobre o atentado ainda na manhã de quarta. "Eu ouvi o rádio, já no mesmo momento, parei o carro, preparei um documento e enviei ao meu superior aqui. Acho que a escola tem sempre esse papel, de chegar antes do problema", afirma.
Ela é diretora de um Centro de Educação Infantil (CEI) e contou que diversos pais se manifestaram, pedindo por mais medidas de segurança, ainda antes do atentado de Blumenau. O gatilho foi o ataque de um estudante a uma escola no bairro de Vila Sônia, na capital paulista, que deixou uma professora morta.
A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME) informou que todas as CEIs possuem parceria com a Guarda Municipal, que realiza rondas no entorno das unidades e podem ser acionadas sempre que necessário. Até o momento, por parte da SME, os protocolos de segurança continuam os mesmos, não havendo nenhuma mudança de orientação.
Mas as escolas, por si só, estão tomando providências para evitar esse tipo de ataque. As orientações, que circulam entre grupos de pais e mães no WhatsApp, vão desde exigência dos dados de quem vai buscar as crianças, com xerox do RG, até a exigência de que o aluno só entre na escola acompanhado por apenas um responsável.