'Estão fazendo um terror que não existe', diz Haddad sobre IPTU

31 out 2013 - 10h50
(atualizado às 10h53)

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), respondeu às críticas nesta quinta-feira ao projeto de lei do Executivo que prevê o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para a capital paulista no próximo ano. A aprovação permite o aumento de até 35% para os imóveis comerciais e 20% para os residenciais. "Estão fazendo um terror que não existe", afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes, dizendo também que, se fossem aplicadas as regras da lei, o IPTU seria o dobro. "Com a inflação de 6%, o aumento máximo será de 14%. Um milhão de contribuintes devem continuar isentos. O aumento de 2009 foi de 60%, muito maior do que hoje", comparou.

O petista ressaltou que a isenção para os proprietários que recebem até três salários mínimos e o valor reduzido a ser cobrado para aqueles que ganham entre três a cinco salários. "Sabe quanto vale um ponto na 25 de Março? Ali é um milhão de pessoas comprando. Aí vem a associação comercial falar que teremos demissões lá na 25 de Março, pelo amor de Deus", criticou.

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Durante a entrevista, o prefeito citou o investimento para empresas na zona leste da cidade que podem contribuir para amenizar os problemas com o trânsito. "Os interessados terão um incentivo para montar suas empresas por 20 anos sem imposto, para eles conseguirem ter emprego mais próximo. Na região de Itaquera devem gerar 30 mil empregos", projetou.

Operação contra desvios na prefeitura

Haddad também negou que a operação que resultou na prisão de quatro funcionários da prefeitura na quarta-feira tenha teor político. A ação foi feita em conjunto pelo Ministério Público paulista (MP-SP) e pela Controladoria Geral do Município (CGM). Entre os detidos, ligados à Subsecretaria da Receita da prefeitura durante a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), estão um ex-subscretário e dois ex-diretores, além de um agente de fiscalização. "O esquema de corrupção tem relação com a política? Segundo o MP e o relator não tem nenhum indício de ligação de Serra (José Serra, PSDB) ou Kassab e essa possibilidade de jogo político é um absurdo", comentou, valorizando o banco de dados patrimonais criado pela prefeitura que contribui para a descoberta de desvios de dinheiro público. "Se 1% fizer algum desvio, já faz um mal danado. Você não pode esperar a denúncia chegar, disse.

Durante as investigações sobre o esquema de fraude que desviou pelo menos R$ 200 milhões dos cofres públicos, o prefeito falou que era informado "o mínimo necessário" pela controladoria. "Você já imaginou se eu pudesse me meter na investigação? Nós preparamos o terreno para convencer o juiz que o caso era grave. Esses caras (os funcionários que foram presos), tinham uma vida que nem era de rico, era mais do que isso", completou.

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Fonte: Terra
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