Estudante de Arquitetura é preso suspeito de depredar a prefeitura de SP

19 jun 2013 - 19h12
(atualizado às 22h02)
<p>O universitário prestou depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) nesta quarta-feira</p>
O universitário prestou depoimento na sede do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (Deic) nesta quarta-feira
Foto: Futura Press
Jovem apareceria com máscara de gás em imagens divulgadas nas redes sociais
Foto: Reprodução

A Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira um dos jovens suspeitos de depredar a prefeitura de São Paulo em meio aos protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na noite de ontem. Identificado apenas como Pierre, 20 anos, o suspeito é estudante de Arquitetura e seria o jovem que aparece com uma máscara de gás em imagens divulgadas nas redes sociais. As informações são da rádio CBN.

Ele é suspeito de iniciar o ataque à prefeitura e de ajudar a queimar um carro da Record, segundo a polícia
Foto: Futura Press

De acordo com a rádio, Pierre foi preso por volta das 13h, enquanto trabalhava com o pai entregando máquinas na região do aeroporto de Congonhas. Levado ao Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) acompanhado do pai e de um advogado, o jovem afirmou que foi ao protesto com outros quatro amigos e que não teria relação com o Movimento Passe Livre (MPL), coletivo que organiza as manifestações.

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

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Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

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O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

Fonte: Terra
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