Estudantes fazem homenagem a jovem morta em ataque: 'Escola inteira de luto'

Amigos da estudante se reuniram em frente a Escola Estadual Sapopemba e levaram cartazes e buquês de flores em homenagem a vítima

24 out 2023 - 17h06
(atualizado às 20h34)
Estudantes fazem homenagem a jovem morta em ataque na Escola Estadual Sapopemba
Estudantes fazem homenagem a jovem morta em ataque na Escola Estadual Sapopemba
Foto: Edileuza Ferreira Cardoso para a Redação Terra

Estudantes e amigos da aluna morta no ataque a Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, fizeram uma homenagem a jovem na tarde desta terça-feira, 24, em frente à instituição de ensino. 

O local foi tomado por muitos estudantes emocionados, chorando e abraçados uns aos outros. Eles colaram cartazes de despedida e pedindo por justiça no muro da escola e levaram fotos e buquês de flores para homenagear a vítima. No fim do ato, todos os presentes fizeram um círculo de oração e deram uma salva de palmas.

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"Nossa amiga é uma alma que se foi de uma maneira muito bruta. Ela merece esse carinho. E ontem muita gente aqui correu pela vida e se sentiu desesperada naquele momento [do ataque]. Ela era uma aluna que, assim como eu e muitos de vocês, só veio para mais um dia de aula", disse uma das estudantes que estava no local.

Por meio das redes sociais, os amigos da jovem também disseram que esse gesto é para mostrar que a estudante nunca será esquecida e que a família dela não está sozinha. "A escola inteira está de luto", escreveram em uma publicação. As aulas na instituição de ensino foram suspensas por 10 dias.

O ataque

Um estudante de 16 anos atirou contra três pessoas na manhã da última segunda-feira, 23, dentro da Escola Estadual Sapopemba. Uma das alunas não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada em um hospital da região. As outras vítimas passam bem. Uma quarta estudante ainda teve ferimentos leves ao tentar fugir do atirador. 

Após o ataque, o jovem deu a arma, de calibre.38 e que pertencia ao pai dele, para a coordenadora da escola e se entregou à Polícia. Ele foi levado para a 70º DP da cidade, onde foi ouvido e deve ser encaminhado à Fundação Casa. Ele será indiciado por crime análogo a homicídio e duas tentativas de homicídio.

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Em coletiva de imprensa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o governo está se "sentindo frustrado e impotente" após o ocorrido. Segundo o político, a gestão irá rever as ações de prevenção à violência no ambiente escolar, implantadas em março deste ano após outro ataque à escola que ocorreu no Estado. 

Ele também citou que a vítima fatal era uma estudante do 3º ano do Ensino Médio, de 17 anos. "Estava terminando o ciclo escolar, com seus sonhos, prestes a encarar o vestibular, de dar o próximo passo na sua formação", disse. 

'Sentimento de frustração', diz Tarcísio ao visitar escola alvo de ataque em São Paulo
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Segundo relatos de estudantes ao Terra, o atirador sofria bullying por ser homossexual. Mas, conforme informações preliminares, a vítima fatal não tinha relação com os ataques homofóbicos sofridos pelo jovem de 16 anos. Ela teria sido a primeira pessoa vista pelo jovem e acabou sendo atingida. Nas investigações, a Polícia Civil de São Paulo também trabalha com a hipótese de mais envolvidos no ataque a escola. O celular do adolescente foi apreendido para averiguação.

ATENÇÃO: Se você sofre algum tipo de bullying na escola ou cyberbullying de colegas na internet, faça a denúncia no Disque 100 – Disque Direitos Humanos. A ligação é gratuita e o atendimento é feito 24 horas por dia. Para receber atendimento ou fazer denúncias pelo WhatsApp, basta enviar mensagem para o número 61 99656-5008. Também é possível ser atendido pelo Telegram, basta digitar "Direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo. Após uma mensagem automática inicial, o atendimento será realizado pela equipe do Disque 100.

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Se você é pai, mãe ou responsável por uma vítima de bullying, converse com ele(a). Procure a direção da escola para tentar solucionar o problema entre os envolvidos e suas famílias. Se o(a) diretor(a) não tomar nenhuma atitude, formalize a denúncia em casos mais graves no Conselho Tutelar ou na polícia da sua cidade.

Fonte: Redação Terra
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