'Eu tomei o tiro tentando salvar meu irmão', conta jovem baleada por policiais da PRF no RJ

Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi atingida no crânio na véspera do Natal do ano passado

26 jan 2025 - 21h57
Juliana Rangel, jovem baleada por agentes da PRF no RJ, pede por justiça
Juliana Rangel, jovem baleada por agentes da PRF no RJ, pede por justiça
Foto: Reprodução/TV Globo

Após 31 dias intubada, a jovem Juliana Leite Rangel, 26, baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Rio de Janeiro, na véspera do Natal do ano passado, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e já consegue se comunicar. Em entrevista exibida pelo Fantástico neste domingo, 26, Juliana relembrou momentos antes de ser baleada e pediu por justiça

À reportagem, Juliana, que passou por um procedimento de traqueostomia, explicou que tudo 'aconteceu muito rápido': "Tomei o tiro tentando salvar meu irmão. Mandei ele abaixar, porque ele é deficiente visual, e eu pensando que estava agachada, levei o tiro". 

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A jovem ainda pediu por justiça contra os agentes responsáveis: "Lembrei que foi policial, olhei para trás. Quando você falou que era tiro, eu não acreditei. Mandei o Daniel se abaixar e olhei para trás", disse junto à mãe, que também estava no carro alvejado pela equipe da PRF. 

Juliana ainda celebrou a recuperação e agradeceu ao apoio de amigos e familiares. "Quero agradecer todos que acreditaram em mim, que eu ia voltar. Eu voltei, gente, por um milagre. Agradecer minha mãezinha por estar sempre aqui. (...) Quero me recupera para voltar à vida que eu tinha antes". 

Juliana foi baleada enquanto ia com a família, de carro, para a ceia de Natal. Ela, a mãe e o pai, Alexandre, seguiam pela Rodovia Washington Luís, em Duque de Caxias (RJ), rumo à casa de parentes em Niterói.

Alexandre era quem dirigia o veículo e contou que ligou a seta para encostar o carro assim que ouviu a sirene policial, mas os agentes começaram a disparar antes mesmo de ele conseguir parar. Ele foi atingido na mão esquerda, mas recebeu alta médica no mesmo dia. Já Juliana foi atingida no crânio. Os tiros foram efetuados por três agentes da PRF, que foram afastados.

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Fonte: Redação Terra
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