Um ex-diretor da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é investigado no processo que apura a formação de cartel no sistema ferroviário de São Paulo porque teria recebido 800 mil euros (R$ 2,3 milhões) em propina para facilitar o esquema. Documentos enviados pela Suíça às autoridades brasileiras mostram que o ex-diretor da CPTM recebeu o montante por uma conta em um banco suíço. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo os extratos bancários, o dinheiro foi depositado parceladamente entre 1997 e 1998. A empresa francesa Alstom teria formado o cartel junto à alemã Siemens para obter contratos milionários de transporte público e energia em São Paulo.
Para os investigadores, os documentos convencem que o dinheiro recebido pelo ex-diretor tem origem em corrupção. O contrato fraudulento teria sido firmado entre 1995 e 1998, no primeiro mandato do ex-governador de São Paulo Mário Covas (PSDB).