O problema com a falta d'água na região metropolitana de São Paulo já refletiu no custo de vida do paulistano. Alguns produtos como alimentação, bebida e habitação, apresentaram crescimento nos preços, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Enquanto os preços de produtos e serviços cresceram em média 6% no acumulado de 2014, o refrigerante e água mineral registrou crescimento de 13,3% no período. Em 2013, os produtos haviam elevado em 6,73%.
Quando se avalia os mesmos itens com consumo fora de casa, o aumento detectado foi de 6,43%, enquanto em 2013 a alta havia sido de 11,63%. A elevação dos preços foi maior em 2013, pois não houve reajuste de imposto sobre bebidas frias em 2014. Com isso, o repasse de custos ao consumidor direto por estabelecimentos como bares e restaurantes - que possuem estoques menores do que supermercados, por exemplo - foi menor no ano passado.
De acordo com o levantamento, o peso desses itens, dentro e fora do domicílio, somados, atingiu praticamente 1% do peso geral do CVCS. Isso significa que esses aumentos provocaram um impacto de 0,1% no total do índice de 2014. Ou seja, se os preços do grupo estivessem estáveis, o CVCS encerraria o ano com alta de 5,9% (e não de 6%). Em 2013, a contribuição desses dois subitens foi ligeiramente inferior: de 0,08%.
Em Habitação, enquanto os preços médios das taxas de água e esgoto, cujo peso é de 1,3% no CVCS geral, acumularam queda de 27,34% em 2014 (depois da adoção de bonificação para os consumidores que economizassem água), a energia elétrica residencial encerrou 2014 com crescimento de 16,49% - contribuindo com 0,54% de aumento no índice geral. O motivo foi o maior uso de energia térmica para complementar o abastecimento, dependente de hidrelétricas.