O nível do sistema Cantareira ficou estável nesta quarta-feira, segundo informações divulgadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Sem chuvas nos últimos três dias, os reservatórios do Cantareira, que abastece cerca de 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, mantiveram-se com 11,7%.
A pluviometria – quantidade de chuva captada –, na região do Cantareira, ficou zerada novamente na terça-feira – o mês não registrou chuvas em três dos quatro primeiros dias. De acordo com a Sabesp, a pluviometria de março é de apenas 2,1 milímetros - a média histórica para o mês é de 178 milímetros.
Em fevereiro, somou 322,4 milímetros, 61,9% superior a média histórica para o mês – o que deu algum fôlego para o sistema, que continua em grave crise.
O nível do Sistema Alto Tietê, que também passa por uma situação crítica, ficou estável em 18,9%. O Rio Claro passou de 38,4% para 38,5%, mesmo não registrando apenas 0,02 milímetros de precipitações. O Alto Cotia caiu de 40,9% para 40,8%. Já o sistema Guarapiranga subiu, passando de 62,8% para 63%.
Embora as precipitações de fevereiro tenham atenuado a crise hídrica, o diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Paulo Massato, avaliou que ainda é cedo para definir a adoção de um racionamento rígido.
Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta-feira (25), ele informou que é preciso esperar o término do período de chuvas, que, normalmente, se estende até o final de março.