O casal e seus dois filhos que foram resgatados do avião de pequeno porte que explodiu em Ubatuba, no litoral de São Paulo, foram transferidos para um hospital privado na capital paulista na tarde desta sexta-feira, 10, segundo informações do Hospital Regional do Litoral Norte de Caraguatatuba, obtidas pelo Terra.
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Mireylle Fries, a mãe, está em estado grave. Já o pai, Bruno Almeida Souza, continua com o quadro de saúde estável, assim como os dois filhos do casal. Os quatro são moradores de Mineiros (GO).
A transferência foi motivada por solicitação da família, que dispõe de recursos financeiros e optou por um hospital privado. Não foi confirmado para qual unidade de saúde eles foram transferidos.
A mulher está registrada como priprietária do avião, assim como Maria Gertrude Fries, Mireylle Fries, Celso Fries, Leyna Fries, Crystopher Fries e Nelvo Fries, fazendeiro goiano, conforme registros da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
O acidente
Na quinta-feira, 9, a explosão do avião ocorreu nas proximidades do Aeroporto de Ubatuba, administrado pela Rede VOA.
A empresa informou, por meio de nota, que a aeronave de prefixo PR-GFS, modelo Cessna Citation 525 CJ1, havia decolado do Aeroporto Municipal de Mineiros, em Goiás, com cinco pessoas a bordo e tentava realizar um pouso em Ubatuba. No entanto, as condições meteorológicas estavam adversas, com chuva e pista molhada.
De acordo com a Prefeitura de Ubatuba, houve o registros de seis vítimas -- cinco na aeronave (três adultos e duas crianças, sendo os quatro membros da mesma família e o piloto) e uma mulher que passava pelo local e acabou torcendo o pé.
A família sobreviveu. Já o piloto, Paulo Seghetto, de Goiânia, morreu. Ele foi retirado das ferragens em parada cardiorrespiratória e passou por tentativas de reanimação, mas não resistiu.
De acordo com informações divulgadas em suas redes sociais, Seghetto era piloto profissional desde 1997. Ele iniciou sua carreira como copiloto na Sete Táxi Aéreo, onde trabalhou por 13 anos, alcançando o cargo de capitão de um Learjet 35, um jato executivo bimotor de médio porte. Nos anos de 2010 a 2014, foi piloto na Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. Após esse período, passou a se dedicar à aviação executiva.
Investigação e danos ambientais
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e a Petrobras analisaram o espaço e providenciaram uma barreira no mar para conter o combustível que vazou da aeronave.
Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou que acionou investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), para realizar a Ação Inicial da ocorrência.
A Ação Inicial envolve o uso de técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado, para a coleta e confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial dos danos causados à aeronave ou por ela, e o levantamento de outras informações essenciais para a investigação.