Familiares de vítimas, policiais e testemunhas envolvidos no processo que julga o massacre no baile funk da DZ7 em Paraisópolis, São Paulo, tiveram de dividir o mesmo espaço na última audiência sobre o caso. O bastidor foi trazido pelo repórter Marcos Zibordi ao Terra Agora desta quinta-feira, 4.
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No dia 28 de junho passado, a Justiça começou a ouvir, no Fórum da Barra Funda, as testemunhas de defesa dos treze policiais que participaram da ação, ocorrida em dezembro de 2019. O espaço público, no entanto, não permitiu que as partes fossem separadas durante os intervalos da sessão.
Segundo Zibordi, os parentes das vítimas e os policiais se encontram 'com muita proximidade': "No plenário, elas ficam no mesmo espaço mas distantes. Nesses intervalos, é uma situação muito pesada. As mães choram, familiares choram, para os policiais, imagino que seja constrangedor.
"Poderia resumir que é uma situação de muito estresse emocional, e ainda terão muitas outras como essa", considerou Zibordi. A maioria é composta de policiais que estavam envolvidos na ação em dezembro de 2019, mas não se tornaram réus no processo.
Na próxima fase, serão ouvidos os policiais. E somente então será decidido se irão ou não a júri popular, podendo ser responsabilizados pela morte de nove jovens no dia 1 de dezembro de 2019.
Na ocasião, a Polícia Militar do Estado de São Paulo cercou mais de 5 mil pessoas em um baile funk em Paraisópolis e nove morreram asfixiados e espremidos na multidão. O crime aconteceu no conhecido Baile da DZ7.
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