Filho de médica da Marinha baleada na cabeça completou 22 anos no dia da morte da mãe

Gisele Mendes de Souza e Mello morreu enquanto participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, na Zona Norte do RJ

11 dez 2024 - 09h36
(atualizado às 09h39)
A militar foi socorrida, mas não resistiu
A militar foi socorrida, mas não resistiu
Foto: Divulgação

Daniel Mello, um dos filhos da médica da Marinha que morreu na terça-feira, 10, após ser baleada na cabeça enquanto participava de uma cerimônia na Zona Norte do Rio de Janeiro, completou 22 anos no mesmo dia da morte da mãe.

A informação foi divulgada pela vereadora Mônica Cunha, do PSOL-RJ. Um outro filho da médica trabalha como assessor da parlamentar. 

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"Hoje deveria ter sido um dia de felicidade para Gisele. Seu outro filho fez 22 anos. Mas não, a história contada pelas operações policiais e armas é sempre de dor: o jovem perdeu sua mãe no dia de seu aniversário", escreveu Mônica na rede social X (antigo Twitter).

Baleada durante cerimônia

A Capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes de Souza e Mello, 55 anos, médica geriatra e superintendente de Saúde do Hospital Naval Marcílio Dias, foi baleada na cabeça na manhã de terça-feira, 10, enquanto participava de uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, localizado na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a Marinha do Brasil, ela não resistiu aos ferimentos e morreu.

No momento do incidente, uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) acontecia na comunidade do Gambá, no Lins de Vasconcelos, nas proximidades do hospital. A Polícia Militar informou que a ação visava prender suspeitos de roubos de veículos no Grande Méier e que agentes foram atacados por criminosos durante a operação.

Em nota, a Marinha afirmou que uma bala atingiu o interior de um dos prédios do complexo, atingindo a militar. Ela chegou a ser socorrida e havia sido sujeita a uma cirurgia logo após o ataque, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. 

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"A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio nesse momento de grande dor e tristeza", destacou.

Médica esperava promoção

O irmão de Gisele, o servidor público Felipe Lacerda Mendes, de 46 anos, contou ao jornal O Globo que a militar era uma pessoa de hábitos simples, com boas ações pelo próximo. Segundo ele, uma vez a irmã doou um computador para que um paciente, acamado há meses, pudesse conversar com parentes no Sul do País.

Felipe também afirmou que Gisele tinha o desejo de atuar em alguma missão humanitária. "Ela chegou a fazer um curso de ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas e tinha o desejo de atuar em alguma missão. No início do ano que vem, estava para sair a sua promoção para almirante. [A Gisele] estava aguardando isso para fazer essa opção por estar em algum lugar, algum navio da Marinha, para ajuda humanitária", revelou.

Fonte: Redação Terra
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