Filhos de cantor de pagode dos anos 90 pegam sarna em escola no litoral de SP

Unidade de ensino teve registro de 13 casos da doença. Filhos do cantor estão em tratamento

27 jun 2024 - 14h30
(atualizado às 14h43)
Os filhos do cantor Vavá – que ficou conhecido pela música ‘Morango do Nordeste’ – foram diagnosticados com escabiose
Os filhos do cantor Vavá – que ficou conhecido pela música ‘Morango do Nordeste’ – foram diagnosticados com escabiose
Foto: Reprodução/TV Tribuna/TV Globo

Os filhos do cantor Vavá – que ficou conhecido pela música ‘Morango do Nordeste’ – foram diagnosticados com escabiose, doença também chamada de sarna humana. As crianças de 9 e 10 anos foram infectadas na escola municipal onde estudam, em Santos, no litoral de São Paulo. Segundo a prefeitura, 13 casos da doença foram registrados entre alunos e uma professora da Unidade Municipal de Educação (UME) Emília Maria Reis.

Vavá disse, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Rede Globo no litoral paulista, que Davi, seu filho caçula, foi infectado primeiro. O menino apresentou manchas pelo corpo e foi levado ao hospital, onde recebeu o diagnóstico de sarna. Dias depois a filha mais velha, Lara, recebeu o mesmo diagnóstico.

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"Ela [sarna] é contagiosa e eles pegaram dentro da escola [...]. A nossa sorte é que a deles não foi tão forte, como a de outros alunos de dentro da escola", explicou o cantor à TV.

Tanto o pagodeiro quanto a esposa têm evitado contato físico com as crianças, e têm tomado cuidados com a higiene da casa. Foi necessário, inclusive, tomar um medicamento.

Apesar dos filhos de Vavá terem recebido atestados médicos de sete dias, o cantor afirma que as aulas não foram suspensas na escola, para que o ambiente seja desinfectado.

“É o que deixa a gente perplexo. Eu sou morador de Santos e uma pessoa conhecida no Brasil inteiro. Sempre defendi, fui e sou fã demais da minha cidade [...]. Se eles [vigilância sanitária] fossem desinfectar a escola. A escola seria fechada, não poderia ter ninguém lá dentro e isso não foi feito”, disse.

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O que diz a prefeitura

Por meio de nota, a Prefeitura de Santos informou ao Terra que as aulas seguem normalmente na escola municipal, com o aval do Departamento de Vigilância em Saúde (Devig). O município diz que há garantia das condições necessárias para proteger a saúde de todos. A prefeitura também diz que a Secretaria de Educação (Seduc), a Supervisão de Ensino e o Programa Saúde na Escola acompanham atentamente a situação na escola.

A prefeitura confirmou que os 12 alunos infectados e uma professora foram afastados até a total recuperação. Também informou que a limpeza é feita diariamente após a escola fechar, como de costume.

“Frisamos que o afastamento dos casos confirmados faz parte das medidas preventivas orientadas após a vistoria da Seção de Vigilância Sanitária (Sevisa) na unidade, em 20 de junho, quando o órgão descartou qualquer indício de descumprimento de medidas sanitárias na unidade”, diz a nota.

O comunicado também diz que os casos foram encaminhados para receber atendimento na rede pública de saúde municipal. Foi pedido o reforço na higienização dos espaços da escola, e os responsáveis de cada aluno foram orientados sobre as medidas de higiene a serem tomadas na escola e em casa.

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“Tanto a Seduc e Devig seguem monitorando eventuais casos suspeitos e novas confirmações da doença para adotar outras medidas, caso necessário”, termina a nota.

O que é sarna?

De acordo com uma nota técnica do Ministério da Saúde sobre doenças dermatológicas, a escabiose, também chamada de sarna, pira, coruba, jareré ou pereba, é uma infecção da pele parasitária que tem transmissão de pessoa para pessoa. Ela é causada por um ácaro, gerando coceira e erupções na pele.

O principal sintoma é a coceira, além de lesões parecendo bolinhas pelo corp, principalmente nas mãos, punhos, dedos, cotovelos, axilas, cintura e nádegas com prurido intenso e piora durante a noite. Em idosos, as marcas também podem aparecer no couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés.

A transmissão acontece quando a pessoa infectada compartilha roupas, roupa de cama, toalhas, entre outros objetos. Ambientes lotados, onde há muito contato interpessoal, também são propícios para a infecção.

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Manter a higiene do ambiente e de objetos e lavar com frequência as roupas são formas de evitar a escabiose. Além disso, é recomendado evitar locais com muita umidade e pouca ventilação. O tratamento é feito por indicação médica com uso de pomadas, sabonetes e medicamentos.

Fonte: Redação Terra
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