O número de mortos em decorrência das fortes chuvas no sul da Bahia desde a semana passada subiu para 10, informou a Defesa Civil estadual nesta segunda-feira (13).
Segundo o governo baiano, as enchentes já impactaram mais de 220 mil pessoas, sendo que pelo 267 ficaram feridas, 6.371 desabrigadas e mais de 15 mil desalojadas, nos últimos seis dias.
Os óbitos foram registrados em Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (3), Macarani (1), Prado (1) e Ruy Barbosa (1). No entanto, a quantidade de vítimas poderá aumentar, tendo em vista que as autoridades locais não conseguiram contato com todas as cidades afetadas pelo mau tempo.
A Superintendência de Proteção e Defesa Civil do Estado da Bahia (Sudec) informou que pelo menos 51 cidades decretaram situação de emergência (ver abaixo).
Ontem (12), o presidente Jair Bolsonaro e os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Cidadania, João Roma, e da Saúde, Marcelo Queiroga, chegou a sobrevoar as áreas atingidas pelas fortes chuvas no sul do território baiano.
O governo federal autorizou o emprego de tropas do exército no resgate e realocação de pessoas desabrigadas. As equipes da Defesa Civil estão na Bahia desde o dia 29.
Ao todo, o Ministério do Desenvolvimento Regional já liberou R$5,8 milhões para os municípios de Eunápolis, Itamaraju, Jacuruçu, Ibicuí, Ruy Barbosa, Maragogipe e Itaberaba.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), por sua vez, definiu como um "ato político" a visita de Bolsonaro e chamou de "ridícula" a liberação do FGTS (Fundo de Garantia e Tempo de Serviço) à população afetada pela enchente no estado. Além disso, ele disse que a única ajuda que recebeu do governo federal foram dois helicópteros enviados pela Marinha para auxiliar na entrega de mantimentos e resgate de moradores.
Já o governo do estado anunciou medidas para ajuda aos municípios, incluindo o lançamento de uma linha de crédito especial para comerciantes afetados pelas fortes chuvas.
"Vamos oferecer um crédito de até R$ 150 mil, subsidiado, sem juros, com prazo de carência de 12 meses, ou seja, um ano sem pagar nada. A partir de um ano, [o pagamento será dividido em] 36 parcelas", explicou Costa.
O governo federal também está atuando em Minas Gerais, onde outros 31 municípios já decretaram estado de emergência e ao menos duas mortes foram registradas.
Confira as cidades em estado de emergência na Bahia: Alcobaça; Amélia Rodrigues; Anagé; Baixa Grande; Belmonte; Boa Vista do Tupim; Camacan; Canavieiras; Caravelas; Cocos; Encruzilhada; Eunápolis; Guaratinga; Iaçu; Ibicoara; Ibicuí; Ibirapuã; Ilhéus; Itabela; Itapebi; Itaberaba; Itacaré; Itagimirim; Itamaraju; Itambé; Itanhém; Itapetinga; Itaquara; Itarantim; Jaguaquara; Jiquiriçá; Jucuruçu; Lajedão; Macarani; Maragogipe; Marcionílio Souza; Mascote; Medeiros Neto; Mucugê; Mucuri; Mutuípe; Nova Viçosa; Porto Seguro; Prado; Ribeira do Pombal; Ruy Barbosa; Santa Cruz Cabrália; Santanópolis; Teixeira de Freitas; Teolândia; e Vereda.