Nesta terça-feira (12), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a terceira fase da Operação Capa Dura, que visa combater fraudes em licitações públicas ligadas à Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre. Nomeada Operação Prefácio, a ação buscou desarticular um grupo suspeito de manipular contratos para favorecer empresas específicas, utilizando Atas de Registro de Preços de forma irregular.
Cerca de 70 policiais civis cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios no Rio Grande do Sul e São Paulo. Como resultado, duas pessoas foram detidas e materiais como notebooks, cheques, joias e armas foram confiscados. A operação também determinou a suspensão de servidores envolvidos no esquema, removendo-os de suas funções públicas.
De acordo com a investigação, empresas indicavam previamente os produtos que deveriam ser adquiridos, resultando em compras desnecessárias ou acima da demanda real, prejudicando o erário em aproximadamente R$ 58 milhões. A prática envolvia a manipulação de editais e a aceleração de processos com justificativas frágeis, eliminando a concorrência.
O delegado Max Otto Ritter destacou que as fases anteriores permitiram identificar movimentações bancárias e comunicações que comprovam a existência de um esquema de lavagem de dinheiro, solidificando o caso contra os acusados.
Com a informação Polícia Civil.