Aline Souza Lira, de 34 anos, foi uma das pessoas mortas durante a tentativa de assalto a uma agência do Itaú, em Poá, na Grande São Paulo, na manhã de quinta-feira, 28. A funcionária, que completou este ano 15 anos trabalhando no banco, costumava compartilhar alguns detalhes de sua rotina em uma rede social voltada ao mundo corporativo.
Aline começou no Itaú como caixa de banco e foi, aos poucos, ganhando promoções. Há dois anos, ela comemorava ter sido escolhida para ser a primeira gerente de atendimento na multifuncionalidade da região em que trabalhava.
Nas trocas com outros membros do banco, Aline era sempre muito elogiada. "Chefe, você é o exemplo de liderança que inspira! Gratidão por fazer parte da sua equipe", escreveu uma colega.
"Tenho orgulho em dizer que faço parte dessa equipe maravilhosa! Sendo liderado pela melhor GA (gerente de atendimento) do Itaú", escreveu uma outra pessoa.
O Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região publicou uma nota de apoio e solidariedade aos funcionários da agência, e reforçou o luto pela morte de Aline Souza.
O Itaú publicou, ainda na quinta, uma nota em que lamenta a situação. "É com grande pesar e consternação que o Itaú Unibanco confirma o falecimento de uma colaboradora de sua agência em Poá, no estado de São Paulo, em decorrência de um assalto. O banco apoiará a família em todas as suas necessidades neste momento tão difícil e colabora com a polícia para elucidar o crime. A agência permanecerá fechada para atendimento à população", diz o banco.
O assalto
Além de Aline, um dos assaltantes, de 27 anos, morreu na ação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados para ocorrência de roubo a banco, com disparo de arma de fogo e, lá, o autor fazendo a gerente de refém. Ele atirou contra os policiais e em seguida foi atingido - assim como a funcionária.
O SAMU constatou as mortes e os corpos foram encaminhados ao IML. Um ferido foi encaminhado ao Hospital Guido Guida. As armas usadas pelas partes foram apreendidas e a perícia no local foi realizada.
O caso foi registrado como latrocínio e morte decorrente de intervenção policial na Delegacia de Polícia de Poá. A Polícia Militar instaurou IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar todas as circunstâncias relacionadas ao fato.
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