GO: prefeitura condiciona acordo a desocupação da Câmara

24 jun 2014 - 17h24
(atualizado às 17h29)

A poucas horas do fim do prazo para que servidores municipais da educação deixem voluntariamente a Câmara de Vereadores de Goiânia (GO), a prefeitura informou que aceita não descontar os dias parados se os trabalhadores se comprometerem a compensar os dias letivos parados. A prefeitura informou que qualquer acordo depende do imediato retorno dos profissionais ao trabalho.

O posicionamento da prefeitura em relação às reivindicações dos servidores foi informado nesta terça-feira à Secretaria de Segurança Pública de Goiás, responsável pelo Comitê de Gestão de Crise, e à Promotoria de Justiça do Estado.

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Sobre o corte de pontos dos seis dias de paralisação durante o mês de maio, a prefeitura informou que a folha de pagamento já foi fechada, mas que eventuais cortes serão ressarcidos conforme os dias parados forem repostos. Com relação aos dias parados deste mês, o município se dispõe a negociar o pagamento regular, “desde que ocorra o cumprimento da decisão judicial de suspensão imediata do movimento grevista e o compromisso, por parte dos trabalhadores, de reposição integral dos dias letivos não cumpridos”.

A prefeitura também concorda em conceder 15 dias de recesso aos servidores administrativos, conforme compromisso assumido em 15 de maio. Porém, quanto à possibilidade de que as entidades envolvidas no movimento, como o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), não sejam multadas, a prefeitura informou que a decisão depende da posição do Poder Judiciário.

Representantes do Simsed informaram que ainda não receberam qualquer proposta da prefeitura. “Soubemos disso pela imprensa. Oficialmente, não recebemos nada nem tivemos contato com qualquer representante da prefeitura”, disse à Agência Brasil o coordenador do Simsed, Renato Regis.

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Ainda em processo de regularização do registro sindical, o Simsed está à frente da greve dos servidores da educação, deflagrada em 26 de maio, e da ocupação da Câmara Municipal de Goiânia, iniciada no último dia 10. Às 16h, termina o prazo para que o grupo de grevistas deixe o prédio pacificamente, mas, durante assembleia esta manhã, a categoria decidiu manter a greve e a ocupação da Câmara, impedindo a realização das sessões plenárias.

“Encerramos a assembleia há pouco e nenhum papel, nenhuma proposta da prefeitura nos foi entregue. Por isso, os trabalhadores decidiram manter a greve e a ocupação. E se policiais vierem nos retirar à força, vamos resistir”, ressaltou Regis, garantindo que ao menos 60% da categoria permanecem de braços cruzados. A reportagem entrou em contato com a assessoria da prefeitura a fim de verificar o impacto da paralisação, mas ainda não obteve respostas.

Agência Brasil
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