A Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC) decidiu, após quase uma semana de adiamento, durante reunião na tarde desta terça-feira, aumentar o preço da passagem de ônibus em Goiânia e região metropolitana em cerca de 11%. Com a decisão, o valor passa de R$ 2,70 para R$ 3,00. A nova tarifa já entra em vigor nesta quarta-feira.
Após a reunião que definiu o aumento, a prefeitura de Goiânia expediu nota informando que o prefeito Paulo Garcia (PT) propôs, na reunião, desoneração da passagem de ônibus do transporte coletivo para a população mais pobre da região metropolitana. Um estudo para que essa desoneração seja colocada em prática deve ser realizado imediatamente.
Segundo a nota, o prefeito acredita que “a população menos favorecida, que representa aproximadamente 34% dos moradores da Grande Goiânia, é quem paga mais caro pela passagem”.
A decisão da CDTC foi precedida, porém, de vários protestos. O mais recente foi organizado hoje por cerca de 200 pessoas, a maioria estudantes, que, após passeata por avenidas no centro da capital, entraram em confronto com a polícia e chegaram a atear fogo em pneus.
O protesto, concentrado na praça Cívica, onde ficam os prédios sede da administração estadual - a reunião da CDTC que decidiu pelo aumento aconteceu em um deles, o Palácio Pedro Ludovico Teixeira - fez com que o tráfego das ruas próximas fosse bloqueado.
Nesta segunda-feira, também foi registrado um tumulto em um dos terminais de ônibus de Goiânia, o do Padre Pelágio, quando, revoltados com atraso dos ônibus, passageiros que estavam no local depredaram quatro veículos.
As confusões para quem utiliza o sistema de transporte coletivo da região metropolitana tiveram início há pouco mais de duas semanas, quando uma greve dos motoristas eclodiu, causando muitos transtornos. A greve terminou após dois dias, no último dia 3, com reajuste de salários e gratificações de 9% concedido à categoria.