As anotações no diário de um executivo da empresa Siemens sugerem que o governo do Estado de São Paulo fez pressão para que as empresas que concorriam ao contrato do metrô fizessem um acordo para dividir o convênio, no final da década de 1990. No diário, o gerente de vendas Peter Rathgeber diz que o governo do Estado - citado como "cliente" - participou ativamente das negociações entre as companhias. As empresas são investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério da Justiça, depois que a Siemens denunciou a formação de cartel do qual fazia parte para tentar evitar as punições. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Várias empresas concorreram na licitação, que ocorreu entre 1998 e 2000. As companhias - entre elas, a Siemens, a francesa Alstom e a espanhola CAF - entraram na disputa separadas na primeira fase, mas depois formaram um consórcio e venceram. O contrato era estimado em R$ 620 milhões. O Cade acredita que o acordo feito entre as empresas foi um conluio que acabou com a livre concorrência na disputa.