O governo de São Paulo está tentando transferir Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, da Unidade Experimental de Saúde (UES), na Vila Maria, na Zona Norte da capital paulista, para o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) "Dr. Arnaldo Amado Ferreira", em Taubaté, no interior de São Paulo.
A transferência foi proposta pela Secretaria de Estado da Saúde em reunião realizada há cerca de um mês, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo. No entanto, a mudança de local depende de uma decisão judicial porque Champinha está internado com base em um artigo do Código Civil, e não por uma condenação passível de execução penal.
Champinha foi transferido para a UES, em 2007, e se tornou o primeiro interno da unidade. A UES não é um hospital psiquiátrico de custódia, nem um presídio. No entanto, fica subordinada à Secretaria Estadual da Saúde e tem agentes de segurança vinculados à Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, que fazem a vigilância e possíveis transferências.
Além de Champinha, outros criminosos conhecidos no Brasil, como Pedro Rodrigues Filho, o assassino Pedrinho Matador, que já morreu, já passaram pela Casa de Custódia HCTP.
Crime
Champinha participou do sequestro, tortura e assassinato de um casal de estudantes, Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé, há 20 anos. Os dois jovens foram mortos em outubro de 2003.
O casal havia saído para acampar, sem o consentimento dos pais, em um sítio abandonado na Grande São Paulo. Eles foram capturados por um grupo de criminosos que os manteve em cativeiro por vários dias. Champinha foi apontado como idealizador do crime e líder do grupo. Ele tinha 16 anos.