Ao menos 430 mil imóveis da Grande São Paulo ainda estão sem energia elétrica nesta segunda-feira, 14. O fornecimento foi interrompido após temporal que atingiu a região na noite de sexta-feira, 11. Até o momento, a Enel, concessionária de energia, não divulgou um prazo oficial para normalização total do serviço.
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No último balanço divulgado pela empresa, às 11h desta segunda, cerca de 280 mil clientes estavam sem luz na capital paulista. Outros municípios mais impactados são Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo.
A concessionária disse que continua trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia e informou que as equipes em campo receberam reforço do Rio de Janeiro, Ceará e de outras distribuidoras.
Segundo o boletim da Enel, mais de 1,6 milhão de clientes que ingressaram chamados ao longo dos últimos dias tiveram o serviço normalizado.
Em São Paulo, entidades e moradores se mobilizam para cobrar e até mesmo processar a Enel. A falta de luz tem gerado prejuízos, sobretudo ao comércio. Em novembro do ano passado, também após um forte temporal com rajadas de vento, alguns locais chegaram a ficar sem energia por uma semana.
No domingo, 13, o diretor-presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval de Araujo Feitosa Neto, disse que considera a reação da Enel ao apagão que deixou 2,1 milhões de endereços sem luz em São Paulo aquém das expectativas. Na avaliação da agência, os trabalhos de atendimento à população foram, inclusive, mais lentos do que no blecaute de novembro do ano passado, quando mais de 2 milhões de clientes também ficaram no escuro.
A Enel, por outro lado, tem ressaltado que estava mais preparada para o evento deste ano em comparação ao de novembro passado, assim como tem reiterado que toma medidas para a modernização da rede.
"A distribuidora está comprometida em ir além dos indicadores estabelecidos e segue com um plano estruturado para seguir a trajetória de melhoria contínua dos serviços", apontou em nota.
A concessionária culpa a magnitude do evento climático extremo pela falta de uma resposta tão ágil. "Estamos com plano de contratação de 1.200 eletricistas próprios para atuarem principalmente em situações de emergência", disse Guilherme Lencastre, presidente da Enel. A empresa também pretende instalar radares climáticos na cidade na tentativa de se antecipar a novos temporais que possam atingir São Paulo, mas não deu detalhes do plano.
Abastecimento de água
A falta de energia elétrica ainda prejudica o abastecimento de água na Grande São Paulo. Na capital, os bairros prejudicados são Capão Redondo, Americanópolis, Vila do Encontro, Grajaú, Parelheiros, Jardim Marilda, Vila Clara e Ipiranga.
Também há falta de água em bairros de São Bernardo do Campo, Cotia, Cajamar e Mauá. A Sabesp orienta a população a manter o uso racional de água armazenada nas caixas até a retomada do abastecimento.
*Com informações do Estadão Conteúdo