O segundo dia de greve no Metrô de São Paulo, que paralisa as Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata nesta sexta-feira, 24, provocou superlotação nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em Itaquera, na zona leste. Passageiros que não estão habituados com os trens também reclamaram da falta de informações dos funcionários sobre o melhor caminho a seguir na falta do metrô.
Por volta das 6h50, os passageiros da estação Corinthians-Itaquera, da Linha-3 Vermelha, uma das mais movimentadas da região e maior linha com 22 dos 71,4 quilômetros de extensão, simplesmente não conseguiam embarcar nos trens com destino à Luz, na região central. As composições, vindas de Guaianases, já chegavam lotadas, o que os obrigava a aguardar ou "se espremer" nos vagões. A empregada doméstica Marta Carvalho, de 60 anos, esperou três trens antes de seguir viagem. Ela precisava chegar ao Paraíso, região central. Já estava com meia hora de atraso em relação ao horário habitual.
Veja como está funcionando:
- Linha 1-Azul: de Ana Rosa a Luz
- Linha 2-Verde: de Alto do Ipiranga a Clínicas
- Linha 3-Vermelha: de Santa Cecília a Bresser-Mooca
- Linha 15-Prata: permanece fechada
Em caráter emergencial, funcionários da CPTM orientavam os passageiros sobre a disponibilização de carros extras. Às 7h04, o aviso de que o trem para Guaianases teria o seu sentido invertido para a Luz provocou corre-corre e tumulto nas plataformas. Ninguém se feriu.
O Metrô apresentou na madrugada desta sexta-feira uma proposta ao Sindicato dos Metroviários para encerrar a greve, com o retorno de 100% do efetivo às atividades. "A votação dos metroviários deve ocorrer em assembleia do sindicato, ainda pela manhã, e a expectativa do Metrô é que o serviço possa ser totalmente reestabelecido. A proposta contempla o pagamento em abril de abono salarial no valor de R$ 2 mil e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024?, disse a companhia em nota.