A greve unificada de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista dos Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) será encerrada meia-noite desta quarta-feira, 29, segundo confirmado por representantes dos sindicatos. Também se juntou a essas categorias, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
De acordo com a TV Globo, durante uma entrevista coletiva realizada no início da tarde, porta-vozes dos grevistas declararam que a paralisação se estenderá por 24 horas, sendo encerrada somente à meia-noite desta quarta. Está previsto um protesto em frente à Assembleia Legislativa do estado, marcado para as 15h, momento em que está agendada uma audiência para discutir o Projeto de Lei que propõe a privatização da Sabesp.
Como ocorreu duas vezes em outubro, nesta terça-feira ocorre mais uma ofensiva dos sindicatos com o objetivo de impedir o plano de terceirização dos serviços e a privatização das estatais, consideradas as três maiores empresas públicas de São Paulo.
Outras categorias, como profissionais da educação da rede estadual e funcionários da Fundação Casa também decidiram aderir ao movimento para reivindicar mais investimento em educação.
Apesar da paralisação, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que as greves no setor de transportes não vão interromper o plano de privatizações no Estado de São Paulo. "Nós defendemos as privatizações como forma de trazer investimentos para o Estado de São Paulo. Essa posição foi vitoriosa. Estamos seguindo a campanha", afirmou ele em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
Ponto facultativo
Com a confirmação da greve unificada, o governador de São Paulo se antecipou e determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital paulista nesta terça-feira.
No caso do Metrô, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou que 80% dos serviços operem em horários de pico (6h às 9h e das 16h às 19h) e 60% nos demais períodos durante a greve, sob pena diária de R$ 700 mil.
Também por determinação da Justiça, 70% dos trens da CPTM deverão operar nos horários de pico e 50% nos demais períodos. Caso descumpram as determinações, a multa diária estipulada é de R$ 30 mil.
No caso da Sabesp, a greve afeta os serviços de manutenção, arrecadação e administrativo. As atividades essenciais continuam sendo exercidas para garantir que o estado não fique desabastecido neste período. Ou seja, não deve faltar água para os paulistanos.