O consórcio Viamobilidade, formado pela CCR e pelo Grupo Ruas, na proporção de 80% e 20%, respectivamente, foi o único interessado na concessão da linha 15-prata do monotrilho. O grupo fez uma proposta 0,59% acima do valor mínimo de outorga e ofereceu R$ 160 milhões. O governador João Doria (PSDB) minimizou o baixo número de interessados no leilão da linha.
"É a regra. Pode se apresentar uma, duas, três, quantas empresas desejarem, a regra é muito clara. Teve uma proposta, a proposta analisada, como foi esta, é válida e ela é importante. O triste seria vazio, estarmos aqui todos decepcionados pela falta de uma empresa com interesse para a conclusão de uma linha tão importante como essa. Se tivermos mais competidores, melhor, mas se tivermos sempre um que assuma a responsabilidade de levar adiante e concluir a obra, dentro do prazo e das condições impostas, assim será ", disse o governador, ao ser questionado sobre o assunto por jornalistas. Minutos antes, durante breve discurso, ainda antes da batida de martelo, o governador criticou a falta de entusiasmo dos presentes.
Ele salientou que a linha atende a zona Leste da capital, "uma região de baixíssima renda e de concentração de pessoas desempregadas, que agora o transporte público chega de qualidade e eficiente".
"A linha Prata é um símbolo, no conceito que ela representa, pois traz benefícios para o setor privado, traz benefício aos trabalhadores. Porque isso significa por óbvio a contratação de milhares de trabalhadores da construção civil, engenheiros, profissionais capacitados e habilitados em transporte público, especificamente em monotrilho, e isto traduz uma prioridade do Estado de São Paulo: gerar emprego e oportunidades e fazer isso preferencialmente com investimento privado", disse.
O objetivo é conceder à iniciativa privada a operação e manutenção da linha 15 pelo período de 20 anos. O trecho a ser concedido terá 11 estações de Vila Prudente a Jardim Colonial: Vila Prudente, Oratório, São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta, São Mateus e Jardim Colonial. A concessão está dividida em duas fases, sendo a primeira de Vila Planalto a São Mateus e a segunda até Jardim Colonial, cuja previsão de operação está programada para o segundo semestre de 2021. No total serão mais de 15 km de vias elevadas e áreas reurbanizadas com implantação de ciclovia e vegetação sob a estrutura elevada do monotrilho, inclusive sob as estações, localizada nos canteiros centrais.