Grupo denuncia pagamento de suborno em greve de ônibus no RJ

13 mai 2014 - 09h27
(atualizado às 09h36)
<p>Segundo os grevistas, empresas estão pagando para funcionários saírem das garagens</p>
Segundo os grevistas, empresas estão pagando para funcionários saírem das garagens
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Reunidos em frente a uma garagem de ônibus na zona norte do Rio, um grupo de rodoviários que preferiu não se identificar acusou as empresas de ônibus de subornar funcionários para furar a greve, iniciada a meia-noite desta quinta-feira. Em uma garagem na Tijuca, os ônibus saíam com Policiais Militares dentro dos coletivos, acompanhando os motoristas. Segundo a prefeitura, apenas 10% da frota está circulando.

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"Eles estão pagando R$ 300 para os motoristas trabalharem e estão colocando gente da garagem, mecânicos, eletricistas, sem experiência para dirigir", reclamou um dos grevistas.

Eles afirmam que o sindicato não os representa e reivindicam melhores condições de trabalho. Segundo os grevistas, apesar da jornada contratual ser de sete horas ninguém deixa o serviço em trabalhar ao menos nove ou dez horas e as horas extras não são contabilizadas.

"Isso não é por salário, é por condições de trabalho. Falta banheiro, eles cobram atestado médico, descontam horas extras nos feriados. A empresa coloca você para fazer quatro viagens (percurso de ida e volta até o ponto inicial) e não importa se isso vai extrapolar o seu horário e sempre extrapola", diz outro motorista, há oito anos na profissão.

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Eles também dizem que são obrigados a transportar um número mínimo de passageiros e que aqueles que não cumprem a meta recebem punições e são suspensos. "Os rodoviários não aguentam mais."

Fonte: Terra
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