A Polícia Federal desarticulou, nesta terça-feira, 2, um grupo investigado por desvio de doações destinadas às vítimas das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul. De acordo com a PF, os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato e associação criminosa, cuja pena pode chegar a 15 anos de prisão.
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A operação, batizada de Black Friday, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, na manhã desta terça-feira. Os donativos foram subtraídos de uma unidade da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB).
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De acordo com a investigação, os desvios aconteceram nos dias 2, 8 e 16 de junho passado. O principal investigado é um funcionário terceirizado da Conab. Com o apoio de outros três suspeitos, o funcionário retirou, sem permissão e de maneira clandestina, mais de 90 eletrodomésticos.
Segundo a PF, foram levados 49 geladeiras, 43 fogões, oito cestas básicas e 153 itens de higiene pessoal, além de outros produtos destinados à doação no Rio Grande do Sul. Além dos mandados, foram cumpridas outras medidas contra os investigados, como sequestro de bens e bloqueio de valores.
As doações eram armazenadas na Conab através de um contrato firmado entre a empresa pública federal e a Defesa Civil do Espírito Santo, que colaboram com as autoridades para o esclarecimento do ocorrido e para garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos, informou a PF.
Um inquérito para investigar o sumisso das doações foi instaurado pela Delegacia de Polícia Federal em Cachoeiro de Itapemirim no dia 20 de julho. A operação Black Friday foi batizada após o evento anual de comércio, que promove descontos consideráveis e promoções, em alusão à prática dos investigados, que carregaram diversas mercadorias subtraídas, em detrimento da população vítima das chuvas no RS.
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