A prefeitura de São Paulo solicitou ao governo do Haiti a abertura de um escritório na capital paulista para atender os refugiados que escolheram a cidade para viver. Segundo a prefeitura, o local funcionará como um posto avançado da embaixada para que os haitianos regularizem seus documentos, principalmente o passaporte. O pedido foi feito em reunião realizada nesta terça-feira entre o prefeito e o embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin, para discutir a situação dos haitianos em São Paulo.
“Se essa população chegar com a documentação adequada - basicamente passaporte e carteira de trabalho -, a passagem por ali (o abrigo no Glicério) vai ser muito rápida, coisa de um a três dias a pessoa já consegue se alocar em um mercado de trabalho que está aquecido”, afirmou Haddad.
Haddad disse ainda que foi discutida na reunião a importância de os haitianos saírem do país já com documentos regularizados. “Eles estão com dificuldade de expedição de passaporte. Os Estados Unidos estão ajudando nessa tarefa, porque o Haiti foi praticamente destruído (no terremoto de 2010). No que diz respeito à documentação, a expedição está sendo feita nos EUA”, afirmou.
De acordo com o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, o embaixador explicou que o equipamento que faz os passaportes na embaixada do Haiti em Washington (EUA) está sendo modernizado, o que atrasou a confecção destes documentos. Mas a previsão é que a emissão seja normalizada amanhã.