Uma reclamação inusitada acabou nas mãos do Procon de Porto Alegre (RS). Um usuário do aplicativo de relacionamento Tinder acionou o órgão de proteção ao consumidor após assinar um plano 'premium' da plataforma por quatro anos e, mesmo assim, não conseguir um único 'match'.
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O homem, que não teve a identidade divulgada, enviou questionamentos sobre o impulsionamento em seu perfil na plataforma. Ao Terra Agora desta quinta-feira, 7, o secretário de Transparência e Controladoria de Porto Alegre, Gustavo Ferenci, falou sobre o ineditismo do caso.
"O questionamento desse cidadão é se o impulsionamento de fato foi feito. Ele alega que apareciam sempre as mesmas pessoas em sua conta, então ele quer uma comprovação de que aquele recurso investido tenha dado algum resultado", afirma Ferenci.
O secretario destaca, ainda, que os encontros não são uma obrigação do Tinder, que, por sua vez, deve entregar, de fato, o impulsionamento das contas pagas: "O Tinder, em momento algum, garante o encontro".
Ferenci ressalta que são comuns casos recebidos pelo Procon de usuários que afirmam ter solicitado o descadastro na plataforma e não o obtiveram, assim como em outros aplicativos. A queixa sobre o impulsionamento, no entanto, é algo novo no órgão.
"Tem [chance de receber ressarcimento], se for comprovado que ele aplicou dinheiro no aplicativo e o Tinder não conseguir provar que usou esse recurso para impulsionar", afirma o secretario, que garante que o reclamante tem o sigilo de identidade garantido em casos de queixas ao Procon.
O Tinder tinha prazo previsto para esta quinta-feira, 7, para responder aos questionamentos do Procon. O Terra tenta contato com a plataforma. O espaço segue aberto para manifestação.
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