Homem baleado por sequestrador de ônibus no Rio tem piora e volta ao CTI, diz hospital

Bruno Lima da Costa Soares, 34, foi diagnosticado com acúmulo de líquido ao redor dos pulmões e coração foi submetido a uma drenagem

8 abr 2024 - 19h24
Bruno Lima foi internado em estado grave após ser baleado durante sequestro de ônibus no RJ
Bruno Lima foi internado em estado grave após ser baleado durante sequestro de ônibus no RJ
Foto: Reprodução

O homem que foi baleado durante o sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro, em 12 de março, voltou ao Centro de Tratamento Intensivo após apresentar acúmulo de líquido ao redor dos pulmões e coração. Em boletim médico divulgado pelo Hospital Samaritano Botafogo nesta segunda-feira, 8, a equipe afirma que o estado de saúde de Bruno Lima da Costa Soares, 34, é 'estável'. 

Esse acúmulo de líquido ao redor dos órgãos é chamado de 'derrame'. De acordo com o hospital, Bruno foi submetido a um procedimento de drenagem e já iniciou o processo de saída do respirador. Ele deixou o CTI em 29 de março e já se alimentava sentado, em uma poltrona no hospital.  

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Logo após ser baleado, ele ficou em estado grave, precisou passar por cirurgia com três equipes médicas e recebeu seis bolsas de sangue. Os tiros atingiram o coração, pulmões e baço da vítima, divulgaram os médicos à época.

Bruno é natural de Juiz de Fora (MG) e estava no Rio de Janeiro para um treinamento na Petrobras, empresa pela qual foi recém-contratado após passar em processo seletivo para o cargo de operador de lastro. Ele estava do lado de fora do ônibus que ia para o município mineiro e acabou tomado pelo criminoso, identificado como Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos.

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Relembre o caso

Costa foi baleado após Paulo Sérgio suspeitar que estava sendo seguido por policiais e tentar entregar sua arma a um passageiro em uma plataforma de embarque da rodoviária Novo Rio, na centro.

Ao ver a arma, Costa se assustou e saiu correndo. O criminoso, então, deu três tiros em direção a ele, ferindo-o gravemente. Outro passageiro, que estava próximo, também ficou ferido com os estilhaços da bala.

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Em seguida, Paulo rendeu os 16 passageiros que já haviam entrado no ônibus. O veículo era da empresa Viação Sampaio e ia para Juiz de Fora, em Minas Gerais. Entre os reféns, estavam uma criança, seis idosos e nove adultos. A empresa havia vendido 43 passagens, mas nem todos estavam no ônibus quando o sequestro começou.

O terminal rodoviário foi totalmente esvaziado para as negociações do Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da PM, com o sequestrador, que posteriormente se entregou. Ninguém além dos dois homens inicialmente baleados se feriu.

"Ele (Paulo) disse que é organizador do tráfico na Muzema (favela no Itanhangá, bairro da zona oeste do Rio) e no domingo foi à Rocinha (na zona sul do Rio) para pagar dívidas que tinha em alguns bares", disse o delegado Mário Andrade, titular da 4.ª Delegacia de Polícia e responsável pela investigação sobre o caso, à época do ocorrido.

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Foto: Reprodução/GloboNews

"Contou que teve uma desavença com um traficante local e esse rapaz atirou nele, mas errou. Ele também atirou e errou. O traficante sobreviveu, e ele passou a ter medo de ser pego", seguiu o delegado. Assustado, o criminoso teria optado por não voltar para casa. Ele se hospedou em hotéis no centro do Rio e decidiu fugir para Juiz de Fora no dia 12.

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"Ele foi para a rodoviária, comprou a passagem com dinheiro e achou que despertou suspeita ao tirar do bolso um maço de notas" relatou o delegado. Suspeitando que estava sendo seguido por policiais, ele entrou no ônibus, mas o veículo teve um problema mecânico quando estava saindo da vaga e voltou para a plataforma 42. Enquanto o mecânico da empresa era acionado, os passageiros desembarcaram.

Quando viu um passageiro se aproximando, Lima achou que era um policial e decidiu entregar a arma. Tirou a pistola 9 mm do bolso e estendeu-a em direção a Costa, que não é policial e se assustou com a cena.

Segundo o delegado, Lima já tem duas passagens pela polícia, no Rio e em Minas. Ele deve ser indiciado por três crimes: tentativa de homicídio qualificado; sequestro e cárcere privado; e porte de arma de fogo de uso restrito. O seu envolvimento com o tráfico, como ele próprio admitiu, será investigado.

Fonte: Redação Terra
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