O frentista Gilberto Nogueira, de 40 anos, visitou pela primeira vez a esposa Daiane dos Santos Farias, na Penitenciária de Mogi Guaçu (SP), desde que ela amputou seu órgão genital, em dezembro do ano passado. A cozinheira foi condenada a quatro anos de prisão em regime fechado pelo crime. A informação é do colunista Ullisses Campbell, do jornal O Globo.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
Em maio deste ano, a direção da unidade prisional proibiu a visita íntima entre os dois, e deve ocorrer só mediante autorização judicial, que também negou. Portanto, o encontro ocorreu no parlatório, com vidro blindado separando os dois. “Não pudemos nos tocar, muito menos nos beijar”, afirmou o homem ao jornal.
Eles se falaram por telefone por uma hora, mas se dependesse de ambos, teriam sido em um espaço reservado na cadeia para relações sexuais. Ele chegou a comprar uma cinta peniana por R$ 150 para a visita íntima, mas o desejo de usá-la foi afastado pela Justiça.
Embora haja a proibição, o casal quer recorrer em segunda instância para conseguir o direito do encontro privado. Conforme o colunista, o veto é para evitar uma possível retaliação por parte de Nogueira contra a companheira. “A Daiane me conhece. Eu jamais faria algo nesse sentido [de agressões]. Primeiro porque não sou um homem violento”, declarou.
Ele também disse que sabe o lugar ‘horrível’ que a esposa está, portanto, jamais faria algo que o levasse a ser encarcerado também. Ele contou que passou por vários perrengues até conseguir visitá-la, como precisar alugar um moletom vermelho por R$ 10 na porta da penitenciária, pois não foi com a vestimenta adequada.
O frentista também comprou uma camiseta vermelha em uma banca de camelô por R$ 40. Nogueira também levou um ‘jumbo’, uma espécie de cesta básica, preparada pela família dos detentos, com feijoada, arroz, refrigerante e chocolate. Ele pensou que conseguiria desfrutar de um almoço romântico com a esposa, mas a refeição a dois é permitida somente se a visita ocorresse no pátio da penitenciária.
“Tinha uma fila enorme para entrar. Cheguei lá às 8h da manhã, mas só consegui entrar às 13h30. E só permitiram que eu ficasse com a minha mulher por uma hora. Nem deu para conversar direito”, desabafou.
Ele marcou novos encontros para ver a amada, mas enquanto essa hora não chega, eles trocam cartas. Ainda conforme a coluna, Daiane pergunta as reais intenções do marido ao tentar encontrá-la na sala de visita íntima. Ele responde que quer fazer amor com ela e que é apaixonado.
“Muitas mulheres me procuram pelo direct do Instagram querendo transar. Mas só tenho olhos para Daiane. Eu já a perdoei faz tempo. E ela também já me perdoou. Toda a tragédia que aconteceu na nossa família só tem um culpado: eu mesmo”, finalizou.
Relembre o caso
Na madrugada de 22 de dezembro de 2023, Daiane cortou, tirou foto e jogou na privada o 'órgão' do marido. O caso aconteceu em Atibaia, em São Paulo. O motivo foi vingança por uma traição de Gilberto. A própria mulher foi à delegacia para confessar o crime.
"Boa noite moço, eu vim me apresentar, porque eu acabei de cortar o pênis do meu marido", disse a mulher, ao se apresentar na delegacia com o irmão, segundo transcrito no boletim de ocorrência.
A mulher contou à polícia que decidiu arrancar o órgão sexual do marido depois de descobrir que ele a havia traído com uma sobrinha, uma adolescente de 15 anos.
Em detalhes, a mulher disse ter excitado o marido e durante o ato íntimo, amarrou as mãos dele com uma calcinha. Em seguida, cortou o órgão, tirou foto e jogou no vaso sanitário, puxando a descarga. Esse último gesto não foi à toa: segundo relatou, ela tinha ouvido falar que era possível "reimplantar" o órgão.
Na época, Gilberto contratou uma advogada para atuar como assistente de acusação e ajudar a condenar a ex-mulher. No entanto, quatro meses depois, ele resolveu perdoá-la e deseja reatar com Daiane.