Homem trabalhava a 18 metros de altura quando teve corda de sustentação cortada

Morador que cortou o material foi denunciado por homicídio tentado; vítima foi salva por dispositivo de segurança presente no equipamento

27 mar 2024 - 11h57
(atualizado às 12h03)
Funcionário estava a 18 metros de altura quando morador (à esq.) da cobertura cortou corda que o segurava
Funcionário estava a 18 metros de altura quando morador (à esq.) da cobertura cortou corda que o segurava
Foto: Reprodução/RPC e Google Maps / Perfil Brasil

O morador da cobertura de um prédio de Curitiba, Raul Ferreira Pelegrin, cortou a corda de um trabalhador que limpava a fachada do edifício. A vítima estava a 18 metros de altura, mas não despencou por causa de um dispositivo de segurança.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) divulgou o caso nesta segunda-feira (24), dez dias depois do caso. De acordo com a instituição, o homem estava limpando o exterior do sexto andar do imóvel, e sua corda estava presa no telhado.

O morador da cobertura, que fica no 27º andar, cortou a corda com uma faca. Em seguida, foi preso em flagrante e denunciado por tentativa de homicídio.

O Boletim de Ocorrência preenchido sobre o caso releva que Pelegrin já havia ameaçado os funcionários do prédio. "O mesmo havia dito que iria cortar todas as cordas de todos os funcionários, caso não se retirassem". 

A polícia civil ouviu uma testemunha que estava no telhado. Segundo ela, o homem disse que estava de "saco cheio" e daria dez minutos para os funcionários "sumirem" de lá antes de cortar a corda.

Apuração

A polícia civil foi chamada depois do corte da corda. Após arrombarem a porta de um dos quartos da cobertura, Pelegrin foi reconhecido pela vítima e detido. Os policiais encontraram a faca utilizada e um pedaço da corda dentro do seu apartamento.

Conforme o MP, ainda não se sabe o motivo do crime. No decorrer do interrogatório, o homem ficou em silêncio e afirmou "não saber os motivos de ter sido conduzido à delegacia". 

A defesa do acusado

Os advogados de Pelegrin argumentaram que ele é dependente químico, portanto, pediram sua sultura através de um habeas corpus. A defesa ainda afirmou que ele seria levado a uma clínica de tratamento.

A Justiça não atendeu o recurso e manteve o homem preso preventivamene na Cadeia Pública de Curitiba.

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