Uma idosa de 90 anos foi encontrada viva em um necrotério depois de ser dada como morta pelo Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis. O caso aconteceu no sábado, 25, e a mulher, identificada como Norma Silveira da Silva, veio a morrer, de fato, na manhã de segunda-feira, 27. A família denuncia negligência do hospital.
O filho de Norma e uma amiga da família compartilharam a história por meio das redes sociais do deputado estadual Sérgio Guimarães (União). Em um vídeo, eles detalharam como tudo aconteceu. Segundo eles, a idosa deu entrada no hospital na sexta-feira, 24, e, no sábado à noite, o filho Renato recebeu uma ligação de lá.
"O hospital me chamou e me comunicou que ela tinha falecido por volta de 23h40. Eu fiz a papelada toda, chamei a funerária, e quando eu estava em casa de madrugada, o rapaz da funerária me ligou dizendo que era para eu retornar ao hospital porque a minha mãe estava viva", relembrou.
Segundo o relato, a mão da idosa caiu do saco preto e, além disso, o funcionário percebeu que o corpo dela ainda estava quente.
"Ela estava respirando fraquinho. Daí, correram para reanimação de volta com ela, chamaram o filho, e aí os médicos falaram um monte de desculpa que a gente, por final, não entendeu nada", complementou Jéssica, amiga da família.
Ainda de acordo com ela, a idosa não foi bem cuidada depois de toda essa situação. "Eles mandaram ela no outro dia para o quarto, sem nada. Sem equipamento nenhum, sem sonda para alimentação, ela ficou dias sem se alimentar. E hoje ela veio a óbito às 4h e pouca da manhã", afirmou.
Em nota enviada ao Terra, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Santa Catarina informou que, segundo a direção do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José, a paciente encontrava-se em tratamento paliativo dentro da unidade. Ainda de acordo com a pasta, a idosa permaneceu nas dependências da unidade de saúde durante toda a intercorrência.
"Informamos que foi aberto um processo de sindicância para apurar as responsabilidades diante do fato e notificado o Comitê de Ética Médica e à Comissão de óbito", diz o texto. A secretaria não deu detalhes sobre qual foi a causa da morte da mulher.