Uma idosa foi vítima de um golpe e internada à força em uma clínica de repouso em São Paulo. Golpistas invadiram a casa dela e se apresentaram como enfermeiros, alegando que tinham um mandado judicial e que ela precisava acompanhá-los para realizar exames médicos. O objetivo, no entanto, era vender a casa da vítima, localizada na zona oeste da capital paulista e avaliada em mais de R$ 1 milhão.
O caso foi divulgado pela Record TV. Em entrevista ao telejornal da emissora, a vítima, que preferiu não se identificar, contou que mora na casa há 20 anos e cuidava de uma amiga, que faleceu. Ela herdou o imóvel.
Os golpistas planejaram tirá-la da casa e interná-la em uma clínica, para ficar com a residência. De acordo com a idosa, ela estava no imóvel, quando chegou uma ambulância, e os suspeitos arrombaram a porta de entrada. Em seguida, um deles afirmou que possuía um mandado judicial que a obrigava a acompanhá-los até a clínica.
Os homens a levaram para a clínica, em Santa Isabel, em São Paulo. Os criminosos tinham pago três meses de internação para mantê-la longe do imóvel. Os funcionários do local perceberam que ela não tinha problemas mentais, como foi informado pelos golpistas.
Um dia depois do golpe, os vizinhos da vítima notaram uma caçamba em frente ao imóvel e viram um homem, que afirmou ser o novo proprietário da casa. Achando a situação suspeita, um vizinho dela, que é policial civil, passou a investigar o caso.
Segundo a Record TV, o homem que se dizia proprietário relatou ter comprado a residência de um vigia da rua. O vigia confirmou a informação ao telejornal e afirmou que a antiga moradora, que faleceu, prometeu que a casa seria dele, sem nenhum documento ou escritura que comprovasse o que alegou. Afirmou ainda que recebeu cerca de R$ 20 mil como parte do pagamento da venda da casa.
Após o policial que mora na vizinhança investigar o ocorrido, equipes da Polícia Civil foram até a clínica no último sábado, 27, e resgataram a idosa.
Segundo a polícia informou à Record TV, o homem que comprou o imóvel tem passagens pela polícia por uso de documento falso. O caso foi registrado no 91° Distrito Policial da Ceagesp. Ninguém tinha sido preso até a última atualização desta reportagem.
